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Terça-Feira, 29 de Março de 2011 @ 00:00

Priscilla Cardena

Teste

Salve salve amantes do rádio em todo Brasil. Depois de merecidas férias, estamos de volta trazendo mais um bate-papo com profissionais do rádio. Dando continuidade a minha série de entrevistas realizadas em passagem rápida por São Paulo no final de 2010, estive nos estúdios da rádio Metropolitana FM para conversar com Priscilla Cardena, sobre a sua carreira iniciada em Santos e mais um grande prêmio que ela havia conquistado por apresentar um programa da casa, o MetroNight. Vale a pena conferir no Entrevistas.
 
Pois bem senhoras e senhoras, hoje nossa entrevista é com uma moça que já não é tão revelação assim, mas que vem trilhando o seu caminho a passos largos. Estou falando da espanhola, Priscila Cardena. Tudo bom?

Tudo bem e você? Obrigada pelo espanhola. Meu sobrenome agradece, viu? (Risos)

*A entrevista acontecia  no estúdio 2 da rede e fazendo o programa estava Chris Santos e foi nesse momento que pausamos a entrevista para que ela pudesse entrar no ar.

(Risos) Eu quero te agradecer por ter nos recebido aqui nos estúdios da Metropolitana, inclusive aqui no estúdio 2 da rede, onde a Chris Santos está apresentando, pra falar um pouquinho da sua carreira. Pra quem não sabe, ontem (no dia 14 de dezembro) ela recebeu o prêmio DJ Sound Awards 2010, já que é a apresentadora do programa MetroNight. Como é que começou a sua carreira, Priscila?

(Risos) Bom, primeiro assim ... vou só retificar uma coisinha. Eu fui âncora do MetroNight durante 3 anos e agora a gente está com umas mudanças e eu só tenho algumas participações no MetroNight. Tudo por que agora estou fazendo horário no estúdio da rádio e hoje não sou tão 100% MetroNight, entendeu­­­. Mas é ...

... a gente vai abranger mais essa história adiante.

Vamos. Depois a gente comenta mais. Mas é só pra deixar especificado, por que eu tenho um companheiro no MetroNight, que aliás é, sem comentários, o que arrebenta aí no ar, que é o Carlinhos que apresenta o programa. (Risos) Enfim ... minha carreira começou desde o momento que eu falei que iria trabalhar no rádio. Desde criança eu ouvia rádio e ficava do lado da caixa do som e dizia: “Ah, eu quero falar igual a essa moça”. Não sabia quem que eu estava ouvindo e eu ficava ouvindo. Isso era com 13, 14 e com 15 anos, eu fiquei naquela brincadeira de ficar gravando. Pegava a fita cassete e gravava os comerciais, as coisas de rádio e tipo, pensando: “É isso que eu quero fazer”.

*Era fim de tarde em SP e neste momento, entra no estúdio, a Marcela Rocha afim de combinar um cafezinho no happy hour. “Eu te passo um rádio depois” disse Priscilla pra Marcela.

Então, gostava muito de gravar as locutoras. Na época vai ... Tina Roma, Simone Rigotti, a Tatiana Fráguas que hoje é a minha amiga pessoal, que me ajudou muito e que fez Nativa. Mas vamos por partes. Como eu comecei a gostar de rádio, então me interessei logo em saber como é que funciona uma rádio. Aí pedi para minha mãe ou meus irmãos mais velhos me levarem em um estúdio de rádio. E eu como sou santista, morava em Santos, comecei a visitar a Tribuna, visitei a Cultura ... só que eu tinha uma coisa. Minha paixão foi tão engraçada, que mesmo morando em Santos, eu não sei se era influência do destino, mas o meu rádio recebia o sinal das rádios de São Paulo. Então eu ouvia a Jovem Pan, a Nova FM, ouvia tudo na época da minha adolescência, que era o estouro de rádio jovem, as rádios de São Paulo. Então eu cresci já com a influência do mercado paulistano que já era outra linguagem do que a gente tem em Santos. De visitar algumas rádios, acabei fazendo amizade com algumas pessoas, - a Tatiana Fràguas foi uma delas - e quando eu tinha 16 anos, ela me convidou pra participar do Ritmo da Noite, que era um programa de Dance Music que tinha na Jovem Pan, era o programa do momento e eu sempre gostei muito de Dance Music. Como tinha recebido o convite, eu fui lá e ela me disse ao vivo ”fala aí” e eu no estúdio falei:  “Ritmo da Noite, oferecimento DJ Sound, a única revista especializada em Dance Music no Brasil” e eu tenho isso gravado até hoje. Eu tinha 16, 17 anos.

Quando foi isso?

Ah, faz tempo, né? (Risos)

(Risos) Você falou Ritmo da Noite, então foi nos anos 90 ... não façamos as contas pra dedurar a sua idade. (Risos) Vamos passar pra próxima pergunta ... (Risos)

Ah Tuba, faz um tempinho, sim (Risos) Mas então vamos ... próxima pergunta.

Não perca o seu raciocínio. Você estava falando das suas musas na carreira ...

Então, na verdade eram pessoas que eu ouvia para me espelhar. As pessoas que eu ouvia no auge, estavam no ar há muito tempo e era uma referência pra todo mundo. A Simone Rigotti hoje, - que eu li a entrevista com você - acho que está no Sul, a Tina está ainda hoje no ar, tem a Tati Fráguas que deu uma paradinha de rádio, mais de 20 anos estourou também no ar, fazendo jovem e popular, enfim, me inspirei nisso. Elas sempre me apoiando e eu comecei. E assim; enquanto todo mundo nessa idade queria tirar carteira de habilitação, eu tinha loucura pra tirar 18 anos e tirar o meu DRT.

Isso sem falar, que as meninas geralmente nessa idade, tinham ou tem o sonho de ser modelo.

Pois é, mas eu estava fora disso.

É mesmo?

Sério. Eu queria trabalhar em rádio. Aí começou, no fato de eu fazer uma promoção em rádio, a Jovem Pan chegou em Santos e um indica para outro: “aquela menina gosta tanto da rádio, chama ela”, fui fazer promoção. A galera que me acompanhou desde o começo, muita gente aqui em São Paulo, que lembra dessa minha fase menininha lá. Acabei trabalhando na promoção e depois com 17 anos comecei fazer uma rádio comunitária. Não era pirata, era uma rádio comunitária. Nessa rádio comunitária, eu comecei fazer um programa lá e me convidaram pra gravar alguma coisa. “Vamo gravar alguma coisa com ela e tal”. Eu fiz uma gravação, os caras gostaram e bolaram uma brincadeira pra me dar um programa na rádio e apresentar. Comecei a fazer e super feliz. A rádio se chamava Digital FM. Só que eu tinha 17 anos, era menor de idade e não podia está no ar, né? Mas estava feliz da vida e nisso o cara da época lá, o Santiago de Santos e um outro cara, me ouviram e me indicou para Serra do Mar, que era o estouro da popular na Baixada. Fui na Serra do Mar fazer essa gravação, pra eles verem qual era, e o Lúcio Pessoa coordenava. Fiz a gravação e ele gostou. Tinha feito um piloto como se estivesse no ar. Foi um simulado, né? Ele me chamou pra rádio e como eu era menor eles não podiam me contratar. Por lei eu não podia ser contratada. Então eles me colocaram pra operar. Comecei operando a mesa.

Sonoplastia.

Sonoplastia. Foi uma maravilha, por que ... eles deviam imaginar ... “Vamo vê se ela consegue girar esses botõezinhos!” Na época, - entre nós, ninguém vai ficar sabendo -, não tinha computador, era papel no estúdio, a casseteira . Na Digital FM, eu trabalhei com casseteira. (Risos). Você tinha que voltar o comercial numa fita cassete. Ninguém merece! (Risos) Fala baixo! (Risos) E aí, imagina, cartucheira era um luxo, né?! Então vai vendo! Ele começou a me colocar pra treinar e ficou aquela novela.” Ponho ela no ar ou não ponho, ela é menor” e nisso eu completei 18 anos em 1998. Mas antes disso, eu entrei no SENAC. Fui, estourei de nota, fui a top do curso, por que eu era apaixonada pelo negócio.

Você fez SENAC em Santos?

Foi, foi em Santos. Eu não me lembro nome de professor, por favor não me pergunta. (Risos) Desculpa até, não é desrespeito, mas de repente eu lembro que foi um professor que me ensinava AM e eu tinha raiva disso, por que ele era muito AM e eu nunca fui ... não tenho nada contra. Imagina! A gente nunca pode dizer nunca nessa vida, mas eu nunca tivesse essa coisa com o AM no rádio. Gosto do lado comunicador do rádio, mas o AM nunca me fascinou, não tive atração por isso. Então aquilo me irritava um pouco, por que eu era muito FM, já firme, formadinha na cabeça de tanto ouvir e o rádio é muito isso de ouvido. Ah, me lembrei! Onízio Lemos. Um beijo, Onízio. (Risos) Mas ele era um grande profissional do AM e quando você é apaixonada por FM, você fica meio assim. Depois futuramente, você acaba abrindo a idéia. Imagina! Molecona achando que você que está sempre certa e pronto. Mas hoje, você tem noção que é necessário o AM e de tudo. É um conjunto. Enfim, isso é só o tempo que traz pra gente. Acabei SENAC, peguei o DRT e “ vamo pro ar”. Comecei como folguista, cobrindo as férias de um locutor, o Robson Calil na época. Fiz um programa romântico. Como era mesmo o nome do programa? Nossa ... (Risos)

(Risos) Você elétrica desse jeito, fazendo um programa romântico?

(Risos) Como é que chamava o programa? Eu não lembro. Me fugiu. Vamos ver se contando, eu me recordo.  Fiz as férias do cara e todo mundo achou muito legal. Fui então, pra folguista no primeiro mês. Comecei  a fazer um programa chamado Beat 103, que era um programa dance aos sábados a noite. Fiz o primeiro mês, arrebentou aquilo no IBOPE, todo mundo falando do meu ritmo e tal, aí quando veio o segundo mês, eu fui convidada pra assumir o horário das 10 as 14h. Na época, foi aquela coisa, por que eu cheguei , era a menina. Eu era a única mulher, a rádio não tinha tido mulher e a Serra era a top. Tanto que muitos diretores de rádio hoje em São Paulo, sabem até da história, por lembrar de mim, daquela época. Pessoas como o Murilo hoje na Band, a galera daqui da capital que trabalhou lá e conhece a história da rádio e memorizou tudo isso. Eu assumi , mas imagina, eu odiava pagode e é aquilo, você tem 18 anos, você tem que ser profissional, mas tem aquele negócio: “Ai meu Deus” (Risos) Não gostava, mas você aprende e vamos encarar. Na rádio comunitária, era um lance popular. Assumi o Samba na Serra, o melhor swing do pagode e fiquei 5 anos no horário.

Isso por que você não gostava. Imagine se gostasse ...

Não gostava e engraçado, que tem ouvinte até hoje que acha que eu tenho um quadro da Alcione. (Risos) Eu enganei muito (Risos) Mandei ver lá no Samba na Serra , apresentei show do Belo, Só Pra Contrariar, entrevistei o Netinho do Negritude e foi que foi, 5 anos. Depois a rádio foi vendida e arrendada para um outro grupo e fizeram uma seleção dos profissionais. A rádio ia mudar de gênero. E nesse meio tempo, já na Serra, a rádio era do Grupo Mar Comunicações que hoje é da TV Record Santos. E eu por estar ali na popular, acabei gravando pra Enseada que era uma rádio rock, um comercialzinho e outro. Comecei a fazer locução publicitária pra outra rádio, para o Grupo Mar Comunicação pintou pra eu fazer os OFFs de TV. Gravava os comerciais de loja, tudo em voz. Fazia os OFFs e aí foi indo. Uma produtora me chamou e acabei fazendo locução publicitária também. Fiz bastante trabalho assim. Assinatura de jingle, muito coisa bacana. Tem amigas que hoje estão em São Paulo e que a gente fazia um bem bolado e fui conciliando as coisas.

*Pausa para a locutora Chris Santos entrar no ar novamente.

Surgiu esse lance de fazer varejo. Me disseram: “Ah vamos fazer TV. Você manda bem nisso”. Eu tenho um improviso legal, mas acho que adquiri isso com a escola da popular, por que lá você acaba sendo mais comunicadora e na Serra, alem do Samba na Serra, eu fui titular de um programa isso em 5 anos, chamado Hora Extra das 12 as 13h que era só música e ouvinte. Não tinha comercial. Então eu interagia com o ouvinte, todos os dias. Durante muitos anos,  você acaba criando muito improviso, conversa e o Popular tem isso. Você é muito comunicadora e não locutora, não é. Isso é uma escola. Não tem faculdade ou curso que ti dê. É escola, a prática e isso qualquer profissional do Popular pode ti falar e quem faz isso, tem facilidades pra conseguir fazer outras coisas no rádio, até né. Enfim ... Acabei indo para o lado publicitário, uma coisa que eu agreguei  no meu trabalho, entrei na faculdade, só que eu comecei a ter tanto trabalho, tanto trabalho, que me sufocou e eu abri mão de continuar estudando. Foi certo ou não, eu não sei, mas eu sou feliz hoje e não me arrependo, por que deu tudo certo sempre, entendeu. Bom, a Serra do Mar foi arrendada, foi comprada por uns donos que iriam mudar o estilo da rádio. O segmento dela mudou, eles enxugaram os profissionais  e levaram 3 profissionais. Levaram eu e o Fábio Felix, que é um amigão meu do peito. Fábio Felix dispensa comentários. É meu amigo há mais de dez anos, trabalhamos juntos dez anos de uma rádio para outra e eu junto com o Fábio, fomos titulares para a Hits, que foi a rádio Futura, uma rádio jovem. Eu fiquei apavorada, por que eu tinha um lado Popular e como é que eu ia fazer ... ela tinha começado um jovem rock. Então eu ia apresentar um programa chamado Classic Hits. Imagina, eu não entendia nada do rock, ainda mais os clássicos do rock. (Risos) Eu chorava de pensar que eu começar ...

(Risos) Tudo do contra, hein. Começou com o pagode e agora era o rock.

Pois é Tuba! É verdade. Pra começar meu programa ia começar as seis da manhã, né.

*Risos generalizados.

Aí eu não sabia se chorava por que eu ia acordar cedo ou por que eu ia ficar desanunciando os Clássicos do Rock. (Risos) Mas a paixão por rádio e o amor era maior que tudo isso, né. Enfim, vambora. Serginho Mendes foi contratado também, um grande profissional que me ajudou bastante e que sempre me chamava de menina, coisa que até hoje ele fala. Eu acho ótimo! (Risos)Eu pra eles sou uma menina ainda, por que todos já faziam tempo que faziam parte do rádio e eu cheguei muito novinha pra começar, então imagina ... eles tem esse carinho comigo. Eles me explicavam tudo, por que tudo novo, programa novo, rádio nova, programação nova e a galera, programador, eu sempre dei assim, muita sorte. Eu não sei bem se foi sorte. Não sei  explicar bem isso, mas quando eu vou fazer uma coisa, aparecem os anjos pra me ajudar. Um mastiga um pedacinho aqui o outro de lá e quando eu vou é só engolir, é só chegar e fazer. Foi muito legal e eu só tenho a agradecer a todos eles. Então eu comecei a fazer a Classic Hits, antes Hits FM, das 6 as 10, depois das 6 as 11 e mudaram o meu horário, para o horário do almoço. Fiquei quatro anos na rádio. Depois ela foi vendida de novo e nesse meio tempo mesmo feliz lá, eu já tinha recebido algumas outras propostas pra vir pra São Paulo. Mas eu num sentia muito ainda de vir pra cá. Eu sempre fui muito feliz em Santos fazendo tudo lá, mas acabei saindo da Hitz e o Jayme me chamou pra fazer a Cultura. Fiz a Cultura FM e nesse meio tempo quando a Nativa foi pra lá, fiz um tempo a Nativa também, mas não conseguia fazer tudo. Então assim, fiz um tempinho que deu pra não desperdiçar as oportunidades. Fiz dois meses a Nativa, mas não conseguia conciliar com o Vê TVendas com programas de varejo. Imagina, era rádio, a TV, gravação e pra não fazer uma coisa não certa, eu comecei a fazer uma coisa só. Enfim... fiz a Cultura por causa da minha cara mais popular, já fui com os ouvintes da Serra do Mar e a Hits foi arrendada tal e uma amiga minha tinha dito que estavam a procura de uma locutora numa rádio gospel, a Vida, pra fazer a tarde e ela me perguntou se eu não queria gravar.

*Pausa para locutora da hora na rede, entrar no ar novamente.

Fui gravar, foi bacana, me deram o maior apoio mas e eu estava meio assim “pra onde que eu vou”, por que a rádio tinha virado Classic Hits em Santos e nenhum profissional tinha ficado. Aquela coisa que acontece com as rádios do interior, do litoral, que a galera vem e que deixa todo mundo na mão. Na gospel, ficou do coordenador decidir com quem ele iria ficar das meninas e eu acabei fazendo a Vida por um ano e meio. Nesse tempo, o Marcelo Bonan e o Gilson Dutra, comentaram comigo que o MetroNight estava a procura de uma apresentadora para o programa. Eu fiquei meio assim pelo fato do programa ser de balada, a noite ... gosto muito da programação e tal, mas não via ou achava que poderia rolar da Priscilla a noite como apresentadora. Ficaram de marcar o teste, vim fazer esse teste, inclusive com o Jayr Sanzone na rua, por que ele apresentava o programa e eu perguntei pra ele: “´É mais ou menos isso que você quer” e ele me disse que era exatamente isso. Depois do “é isso” dele, a partir daí, nunca mais saí do programa. Foi apaixonante e tudo diferente do que eu já fiz. O MetroNight é diferente. Ele não tem rotina. Nunca é igual. O Ar é sempre igual. Não que ele seja sempre igual, mas você já tem um esquema a ser seguido. Você vai desanunciar uma música, vai falar a hora certa, de outro, vai haver uma novidade na programação ou uma entrevista com a presença de um artista e aquilo. O MetroNight não. Todo MetroNight é diferente. Ele nunca tá no mesmo lugar, nunca vai estar com a mesma idéia do último programa. Hoje a gente vai cobrir uma festa boom, amanhã uma balada xis, depois vamos falar com o fulano de tal. O programa sempre tem algo diferente e isso faz você sair da rotina. Ele viaja é feito de um estúdio móvel digital, não é feito dentro da rádio. É uma van, toda digitalizada com sistema de áudio que a gente grava e ao vivo também manda por link para o estúdio, o programa. Fica um operador estúdio na rádio e recebe os links inserindo-os nos blocos musicais. Assim é feito o MetroNight. Então ele é feito ao vivo da rua, tem a emoção de estar com o ouvinte na porta da balada, o cara que tá na festa, fala a real o que está acontecendo no evento e é uma adrenalina. Você sai e não sabe ... tá chovendo, você tá na chuva, tá frio, você tá no frio e em São Paulo tem aquelas noites né. No verão, vamos para o Guarujá no inverno, pra Campos do Jordão então o programa tem essa coisa que encanta né. Durante três anos e alguns dias eu o fiz de coração e com muito amor. Hoje eu não sou mais a apresentadora a frente do programa. Eu tenho outros projetos dentro da Metropolitana, um lugar que sempre eu fui muito bem recebida, sou bem recebida, estou muito feliz e é a minha família aqui. Hoje eu sou a Priscilla Cardena Miranda Metropolitana, por que eu sou muito feliz aqui. Uma coisa que eu gosto do que eu faço, gosto da rádio, das pessoas e tenho algumas novidades que ainda não posso contar. O MetroNight fez parte de um momento da minha vida. Você não pode fazer tudo sempre e num dá também pra ficar sempre no mesmo lugar por que a vida está sempre mudando, mas esse programa é a minha paixãozinha, o meu baby mesmo e eu de vez em quando, faço umas aparições surpresas apresentando quando dá.

Agora o mais bacana, foi que você nesses três anos a frente do MetroNight, pé quente em dois, conseguiu faturar com toda a turma, dois prêmios do DJ Sound Awards, como o Melhor Programa de Baladas, não é.

Graças a Deus viu, Tubaaa! O programa começou em 2007 e logo em 2008 ganhamos o prêmio, concorremos em 2009 e ganhamos novamente agora em 2010 a edição do DJ Sound Awards. Foi mais uma vez. Você viu, você tava lá, né. O MetroNight merece. O número um da noite de São Paulo, o melhor programa de informação de baladas no rádio, não tem programa igual. Não tem programa igual. Ele é ímpar. Parabéns para o criador Jayr Sanzone, diretor da rádio, ele que criou o MetroNight, aliás a quem agradeço a oportunidade de durante tanto tempo ficar a frente do programa e ficar muito feliz com isso.

Pois é, e encerrando o seu ciclo no MetroNight, o programa faturou o prêmio e o Jayr - eu fiquei sabendo a pouco sobre isso aqui nos bastidores - te deu o troféu de presente. Que legal isso!

Obrigado. Isso é o reconhecimento. Eu não tenho palavras mas é emocionante por que é o reconhecimento do amor que eu tenho pela rádio e pelo programa, com o que eu fiz e sempre vou fazer. Sempre que precisar ou ... o que foi feito assim ... eu acho que fica até de exemplo, pois muita gente pode achar que foi sorte da Priscilla, isso ou aquilo. Mas não. Você não precisa puxar o saco de ninguém, fazer um H pra alguém pra conquistar aquilo que você deseja. Você vai plantando, Tuba! Você vê, eu era uma meninona, vai plantando aqui, vai regando, vai regando, daqui a pouco chega uma fase que as flores vão vindo, você vai recolhendo os buquês e elas vão vindo na sua mão. Eu acredito em Deus e acho que o bem sempre vence o mal. Você planta o bem, você vai recolher o bem. Sorte, pode ser, mas a sorte é você quem planta pra colhê-la mais adiante. Eu acho que é muito isso. Eu não tenho a ambição de ser a Top e tal. Você tem que estar feliz no que você faz. Aquilo pouco, com Deus é muito, sabe Tuba. Você está fazendo o que você ama, o momento, pessoas que aparecem, isso não tem preço. Hoje, eu vivo o hoje. Hoje no rádio, eu sou feliz e se morrer amanhã, eu morro feliz, por que o meu sonho aconteceu. Eu só tenho a agradecer. Todos os dias eu durmo agradecendo e levanto agradecendo por tudo o que eu sou e conquistei. Durante o dia em pensamento, eu to agradecendo, por que tá sempre vindo, sempre acontecendo algo de bom comigo. E vem mais, assim ... Foi carinhoso e sem palavras pela atitude do Jayr em relação ao prêmio. E o mérito é da rádio, por que eu nunca fiz o programa sozinha. É mérito meu e de toda equipe da rádio. De cada um simplesmente. Do técnico, da galera da promoção na rua, pois o programa é feito na rua, tem a equipe de promoção, de produção de eventos, técnica em transmissão, o cara que ti manda os áudios e que também ti ajuda. O próprio Jayr ti dirigindo “puxa, você pode fazer aquilo, ou aquilo outro” e o programa explode por isso. Eu tava a frente, mas é toda uma galera e eu sozinha, jamais faria o MetroNight, o horário, num faria nada. O rádio não funciona sozinho. Ninguém fica no ar o dia inteiro. Isso é até bom dizer pra galera que fica meio enciumada em rádio, por que não precisa disso, não precisa disso. Tem espaço pra todo mundo, sempre teve. Você nunca que precisa tomar o lugar de alguém, por que a sua hora, o seu momento, irão chegar. O seu espaço, vai ser o seu espaço, na sua hora. Quando é a sua hora, é a sua hora, então, é você fazer o seu sempre. Com carinho e amor, nossa ... é tudo. Não tem essa de você ser o titular ou folguista. Você ganhou ou não, faça o seu e bem feito. Acabou.

Muito bom! São as palavras contundentes de Priscilla Cardena, espanhola, sangue quente e fala mesmo. Você viu. Mas Priscilla, tem aparecido uma safra bacana de meninas no rádio de uns tempos pra cá e gostaria que você deixasse uma palavra especial pra aquela garota que se identifica com o seu trabalho atualmente.

Ah, assim ... você tem que ter um foco. Isso é muito importante ... de você querer ser  uma profissional. Vai atrás. Não tem o por que ter vergonha ou medo. Você tendo caráter, dignidade e postura, já é. Eu acho que mulher no rádio, tem que ter postura. Eu sempre tive isso comigo; exemplo de profissionais amigas minhas de que é importante você ter a sua dignidade dentro do rádio, por que mulher, você sabe como é ... a galera meio que ... você entende, né Tuba? Então, você tem que saber o seu lugar e a sua postura. Você trabalha no meio de homens e é muito importante, você menina, se dar o respeito. Falo isso também de exemplo, pelo fato de algumas pessoas acharem que por eu trabalhar a noite, num programa de baladas, festa e agito, que tudo é bagunça e muita folia. Não senhor! Existe é muito profissionalismo e é sempre muito bom, não confundir as coisas. Logo no começo, já tem que ir plantando tudo isso pra que você se torne uma profissional respeitada no mercado, não só pelos seus colegas, mas pelo seu futuro. É um detalhe importante pra ser frisado, pra você menina, que pensa em seguir em toda e qualquer carreira. Não só no rádio. Eu digo isso por que pelo lado masculino, não pesa tanto isso, mas o feminino pesa sim, até por que também existe muito preconceito com a mulher no rádio. Eu graças a Deus e com algumas amigas profissionais, não aconteceu, mas ainda há rádios que não aceitam mulheres locutoras e de repente, são ... sei lá  ... exemplos que os caras tem na cabeça, que eu prefiro também não saber ... enfim ...  Você tem postura, caráter e talento, vai em frente. No começo você pode estar assim, mas depois vai ficando assado, vai melhorando. Amanhã você estará melhor que hoje ou ontem. Se pegarem a primeira gravação minha, talvez digam “nunca que essa menina vai trabalhar em rádio”. Se me ouvissem lá trás, não me contratariam. Nada disso. Demonstre a sua vontade e perseverança, por que ninguém vai adivinhar que você quer, que você está afim ou gosta de rádio. Pode acontecer de pegarem aquela ali ou outra pra testarem, mas é legal demonstrar, ir atrás, fazer por onde e quando conseguir e o que conseguir, fazer aquilo como muito grande, independente do tamanho. Tem gente que consegue uma oportunidade e fica menosprezando, achando que é menos, tipo “ah, é um espaçozinho, um horariozinho ... ah, é madrugada e saio muito tarde” sabe essas coisas? Que nada! Você está plantando. É o seu começo. Não desista. Eu acho que a meta é você focar e ir atrás. Perseverança e fazer com amor. O amor é o Sazon (Risos) Vamos fazer um oferecimento aqui?  Um Sazon funciona. (Risos)

Ai ai ai, você num falou isso, não! (Risos)

É sério! Um Sazon funciona (Risos) É o amor. Eu trabalho por amor. Eu acho que vivo por amor, por isso que vivo sorrindo. O rádio é alegria, o rádio é emoção. Se você está triste, você tem que abrir o microfone  e rir. Você sabe disso, Tuba! Quem está me ouvindo, não se interessa por que eu estou triste. Eu tenho que passar alegria pra você e essa alegria que eu passo, volta pra mim depois. Por que é em dobro, o reconhecimento de quem está ouvindo, que está admirando e quem acha legal. Reconhecimento, não é só o cara vir e ti dizer que vai ti pagar legal ou vai pagar xis, mas é ele ti dizer parabéns, ti reconhecer e tal. O olhar da pessoa pra você ti valorizando ... é tudo. Acabou. Basta. Está pago, por que é isso que você leva, Tuba! Caixão não tem gaveta mesmo, né? (Risos)

(Risos) É verdade. Muitas meninas do interior como você, se deram bem vencendo no rádio aqui em São Paulo, não é ?

Então ... eu sou praticamente do interior, do litoral, né?

... isso! Por isso que estou tocando nesse assunto, por que a locutora lá do interior deve ficar pensando se pra vencer na carreira, é preciso ela se mudar para um grande centro e se firmar. Qual a sua opinião sobre isso?

Então, volta naquilo que eu já tinha dito. Não importa onde você esteja. Eu fiz durante anos, rádio na Baixada lá em Santos. Eu sou santista, minha mãe e família moram lá, vou a Santos uma vez por semana e sou apaixonada por aquela cidade, mas fiz tudo o que podia no rádio lá e é aquilo: as pessoas, a galera sabiam que a gente podia crescer mais um pouco, que a gente podia trabalhar em outros lugares também. Foi o que fez eu vir pra São Paulo e eu por ter família aqui, acabei me familiarizando com a cidade. Sempre desde crainça, a minha família sabia que eu gostava de rádio. Em Santos trabalhei em rádio, sempre valorizando a cidade como grande. Então, eu acho que no interior, onde você estiver, aquilo é grande. Agora se você tem uma meta de vir pra São Paulo e tentar a carreira, vem. O que acontece em São Paulo que apaixona e te deslumbra em rádio, é o fato da tecnologia e isso não tem o que falar. De repente isso é muito valorizado, por que você tem aparelhos mais modernos, você tem promoções mais modernas com prêmios de mesma proporção e tal. Tudo isso, por que há uma estrutura maior onde tudo já é grande, só que a sua vontade, o seu amor, dedicação e trabalho, são muito maiores também. Então você tem que estar com a cabeça muito no lugar pra entrar nisso tudo, mas não achar que você não pode ou que é impossível. O que você tiver que fazer, faça bem feito onde estiver, por que daí é que irão pintar outros lugares, outras oportunidades. Não se deve achar que por estar no interior você é pequeno e tudo a sua volta também é, pois aí onde você está, é a sua escola, o seu aprendizado, a sua batalha pra ficar bem preparado e se desejar conquistar um outro lugar maior, chegar mais a vontade e crendo no seu talento. Eu tenho amigos profissionais até da concorrência direta que eram de Santos e começaram em rádios grandes aqui em São Paulo estão até hoje. Assim é o momento de cada um, não importa o lugar, é o jeito que você faz. Eu acredito assim e outra, nada é impossível pra ninguém. Nada é impossível pra Deus. Não existe o nunca, eu não posso ou o jamais, não. Quando você tem vontade, está fazendo o bem, você pode.

Apesar de já ter começado o ano queria que você deixasse o seu cartão de 2011 pra os seus ouvintes e leitores do Tudo Rádio que pediram esse papo com você.

Ah Tuba, que fofo! Eu acho assim, que 2011 começando pra mim, já é maravilhoso. A gente sempre tem que ter objetivos na vida, querer melhorar. Isso faz parte em todos os sentidos da nossa vida. Então, eu acho que devemos acreditar nos sonhos e trabalhar por eles, pois assim que eles acontecem. Como dizia Walt Disney, a gente pode sonhar, logo, podemos realizar. Devemos continuar com aquela coisa na cabeça, tenho que ter saúde, preciso estar bem, fazer feliz quem está perto de mim, independente de quem seja, amigos de trabalho ou seus familiares, por que num clima bom, as coisas fluem. O ano tem tudo pra ser legal. A Metropolitana vive um momento maravilhoso e eu sou muito grata de estar aqui. Tenho amigos queridos, o Barbur, Jayr, Karina, Cris, Marcela, o time inteiro. Eu nem vou ficar citando nomes por que são uma galera legal, um time unido, está junto, rema junto, sabe, pelo mesmo objetivo e a gente tem tudo pra estourar. Aliás pra mim a gente já é um estouro, já começa daí, é uma explosão, boom e é assim que o ano de 2011 já está acontecendo numa forma maravilhosa. Eu acho que é isso. A gente passar por cima daquilo que é ruim. Ele é pequenininho. As coisas boas são maiores. Pesa sim, quando acontece uma coisa chata ou ruim com você, tipo “ah, aconteceu xis coisa e tô chateada” ta, mas e o que aconteceu de bom “foi isso, isso e isso” é maior. Então, põe isso na sua cabeça e vai em frente. Saúde, Paz, Amor Alegria e 2011 é Metropolitana Yes.

Chegando ao fim da nossa entrevista Priscilla. Eu quero agradecer a você, de ter nos recebido aqui nos estúdios da Metropolitana, no seu trabalho, um pouquinho antes do Chupim, pra nos contar da sua carreira no rádio e todo esse caminho seu, a sua história. Parabéns pelo prêmio do DJ Sound Awards 2010 e pelo Jayr Sanzone  que nessa situação, mostrou a gentileza de te oferecer esse prêmio – apesar de sabermos do trabalho de toda uma equipe - em nome do belo trabalho e carinho que você tem oferecido aqui para a rádio. Foi bacana saber, que algumas coisas como essas, ainda fazem a diferença, mesmo sabendo que por trás disso tudo, há um mundo competitivo e as vezes, insolente. Felicidades pra você.

Poxa Tuba, obrigada. Muito obrigada de coração. Deus te abençoe, ilumine o seu trabalho maravilhoso, que eu já conhecia e que acompanho. Estou me sentindo honrada de participar da entrevista e com certeza, tem muita galera nova chegando e isso é o máximo. Cada dia, chega gente nova e eu fico feliz, por que sabe o que se constata de tudo isso? Que eu não sonhava sozinha. É uma galera que sonha, outra que sonha, que sonha e que sonha e eu fico feliz, pois um dia a gente vai parar como parei no Metronight. Vou parar pra fazer outras coisas e quando vejo esse movimento, fico encantada. Dificilmente você virá pela grana, a ganância ... vai de cada um, mas é o sonho, é o amor. Eu Priscilla, penso assim, posso não estar certa, mas é o que tenho dentro de mim. Obrigada Tuba. Fiquei emocionada e como comentei com você antes, queria muito, mas não ia e não pedi o prêmio, apesar de significar muito pra mim. Como você disse, quem sabe não rola? E rolou. É aquilo, eu tenho um carinho imenso com isso aqui e talvez por isso o reconhecimento da empresa. Todo mundo aqui é muito amigo e isso ajuda. Você entra no ar e as pessoas comentam “nossa, como você estava feliz hoje”. As vezes você não está assim numa vibe tão legal e mesmo assim arregaçou no horário. As pessoas comentam o seu alto astral naquele instante que pode estar sendo difícil pra você, mas aí vem a pergunta: “como é que eu consegui, caramba!” Por amor. (Sorriso emocionado com lágrimas nos olhos). Bem, deixe-me parar senão, você irá fazer 5 meses de entrevista (Risos) Beijos pra você Rodrigo Tubaraum e pra toda equipe do Tudo Rádio. Vocês são demais!

Bate Bola

Eu sou: feliz
Mas poderia ser: mais feliz! (Risos)
Metropolitana: minha casa
Recomendo ir comer no: a salada Marlene Dietrich, no Braugarten
Melhor balada: é sempre com a melhor companhia
Rádio x TV: Rádio
Santos: amo
Time do coração: Santos
Neymar X Ganso: Ganso
Um amor: o mais companheiro
Música especial: são muitas
Um arrependimento: de, às vezes, não dizer o que realmente penso
Voz publicitária: um trabalho emocionante
Uma grande lembrança: a minha infância
Um sonho: conhecer Paris
Sou grata a: a vida
Jayr Sanzone: admirável
Esporte: pilates
Priscilla Cardena by Priscilla Cardena: muito coração

Tags: Metropolitana

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Rodrigo Viriatto

Rodrigo Viriatto, conhecido no meio como Tubaraum. Quatorze anos como locutor, profissional formado. Atualmente está na Sete Colinas FM em Uberaba/MG, mas já teve passagens por algumas rádios da cidade e região do Triângulo Mineiro. Futuro jornalista, tem 34 anos de idade e é mineiro de Itaúna.










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