O Tudo Rádio fecha o mês de maio com mais uma entrevista importante. Conversamos com Murillo Huada, responsável pela atual fase artística da Band FM de São Paulo. O profissional conta para os radionautas algumas curiosidades sobre a trajetória da Band FM, emissora que é dona da liderança geral de audiência na Grande São Paulo há mais de 1 ano.
Murillo também fala do papel da música no projeto da rádio e revela que a Band FM terá novidades para as comemorações dos 40 anos da emissora.
Murillo! Gostaria de agradecer a entrevista para o Tudo Rádio. Vamos começar com o assunto que está chamando a atenção de todo o país: a liderança da Band FM. Na sua opinião, quais sãos os pontos principais que vocês consideram para poder manter a rádio no topo do ranking em um mercado tão competitivo?
O principal é equipe. Uma das características da Band FM é ter um grupo muito enxuto e competente. Com isso, o envolvimento de todos acaba sendo maior. Como a competitividade em São Paulo é grande, precisamos sempre de diferenciais. Nosso conteúdo tem muito disso. É uma preocupação constante que só pode ser colocada em prática com eficiência se tivermos gente com talento pra isso.
A trajetória não foi fácil, certo? Levou um tempo até a Band FM chegar a disputar a liderança em São Paulo. Como foi essa trajetória? Existiram metas para cada momento?
A Band FM tem um histórico de liderança. É uma marca forte, mas somente isso não é suficiente. Se não fizer certo, se não houver envolvimento e trabalho, isso acaba sendo um problema. O mercado de São Paulo é disparado o mais competitivo do Brasil. Não tem jogo ganho. Nos últimos seis anos, nosso crescimento foi consistente. Cada posição foi conquistada com muito esforço. Nesse tempo, fizemos vários ajustes. A Band FM de hoje é muito melhor que a de seis anos atrás... E vai melhorar mais a cada ano. Estamos há 15 meses em primeiro lugar e nada disso seria possível sem ter o suporte do Grupo Bandeirantes de Rádio.
A Band FM veio de um projeto "jovem/pop" em 2008. Foi uma reconstrução da emissora esse retorno ao popular? Quais foram as principais dificuldades na época?
A Band FM tem o DNA dela. Foi no segmento popular que ela alcançou as melhores marcas. É muito difícil mudar isso. Os ouvintes já esperam da Band FM uma rádio popular, bem humorada e eclética dentro da proposta. Sair do pop e voltar para o popular foi mais tranquilo que o contrário. Mas quando se opta por mudanças assim, há sempre um recomeço muito difícil. É praticamente do zero. Leva tempo. Os resultados não são imediatos. Se não tivermos convicção do que queremos, mudamos a rádio a cada mês. Não pode. Desde o inicio, nosso vice-presidente Mario Baccei bancou esse projeto. Existiam até outros formatos para a frequência sendo estudados. A partir do momento que nos convencemos que o melhor era mesmo voltar para o segmento popular, nos dedicamos muito para obter esse resultado.
A rádio está sempre presente em eventos de São Paulo e também conta com uma extensa lista de promoções. Esta é uma pratica obrigatória para se manter na liderança?
É uma das características. As promoções deixam a rádio mais dinâmica e viva. Estar nos grandes eventos é outro reforço para a marca. Mas o principal sempre é ter uma rádio bem feita no ar.
E qual o peso da programação musical no projeto da Band FM? Ainda é fundamental para o desempenho de audiência da rádio? Existe uma tendência de mais programas em formato talk e com a entrada de ouvintes no ar?
A música será sempre nossa espinha dorsal. Pesquisas mostram que a música continua sendo o conteúdo mais consumido pelos usuários de rádio. Por não ser uma rádio segmentada, fazer a Band FM é muito mais difícil. Precisamos de muita coerência pra não torná-la uma colcha de retalhos. No entanto, temos muita preocupação com o que falamos no ar. Hoje temos produtos e comunicadores que fazem muito a diferença. É o futuro do rádio. É o que fara nosso ouvinte preferir a Band FM às plataformas de música ou às playlists dos smartphones.
E como é essa convivência com a Nativa na disputa por audiência? As duas concorrem como se fossem de grupos diferentes?
As duas concorrem para estarem no topo. É saudável. Preferimos essa concorrência dentro de casa. Apesar de parecidas, as duas têm características muito próprias.
O desempenho alcançado em São Paulo também tem aparecido em outras praças, como Campinas. Mas como é a recepção da Band FM em outros mercados que não contam com pesquisas regulares de audiência?
Em menos de um ano, a Band FM de Campinas já disputava a liderança. Hoje somos primeiro lugar. O resultado veio muito rápido em uma praça muito importante. É uma referência, um termômetro. Em várias praças também estamos disputando o primeiro lugar ou estamos na liderança. O trabalho local faz toda a diferença. A continuidade e a proximidade são muito importantes. O conteúdo é vitorioso.
O projeto artístico de vocês feito em São Paulo conta com alguma participação dos afiliados da Band FM? Há alguma troca de informações e ideias?
Sempre. Somos monitorados, cobrados e criticados. Isso é fundamental. Algumas ideias praticadas nas afiliadas são aproveitadas aqui em São Paulo. Estamos sempre de ouvidos ligados nas tendências musicais de cada região. Muitas músicas são testadas nas afiliadas da Band FM.
Para finalizar, existe alguma outra novidade para a Band FM até o final de 2016?
Em outubro completaremos 40 anos no ar. Estamos preparando uma grande festa para o segundo semestre. Serão shows só para os ouvintes, músicas exclusivas, novos formatos de programas e muito mais prêmios. Mas é surpresa. Nosso ouvinte ficará sabendo de tudo a partir de julho.
Agradecemos a atenção com os leitores do Tudo Rádio.
Parabéns pelo trabalho que fazem. Nós da Band FM agradecemos o espaço.