Segunda-Feira, 23 de Julho de 2018 @ 00:00
Neste mês de julho o tudoradio.com bateu um papo com Michel Micheleto, profissional que é responsável pela direção executiva da Rádio Banda B de Curitiba e vice-presidente da AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná).
Michel conta um pouco sobre os desafios atuais da Rádio Banda B, grande canal de audiência na faixa AM que agora começou a operar em FM na Grande Curitiba. A rádio também é responsável por um dos principais portais de notícias do sul do país.
Acompanhe o papo.
Michel. Agora a Rádio Banda B está no dial FM de Curitiba. Quais foram os primeiros passos para adaptar o trabalho executado na AM para a faixa FM? Ou o projeto contou com poucas mudanças?
Daniel, para começar as transmissões no FM, sabíamos da necessidade de um cuidado especial com o Som e a transmissão, por isso, nossos técnicos se empenharam em revisar e readequar o que fosse necessário para uma transmissão com qualidade, afinal, o áudio no FM tem algumas particularidades diferentes do AM. Esse foi o primeiro passo. O segundo passo foi a contratação do profissional Cristiano Stuani, com passagens por FM’s importantes no Paraná, para que, juntamente com a nossa equipe, com o nosso comandante Luiz Carlos Martins, pudesse analisar a plástica, o som e estratégias de programação e marketing, sem comprometer a identidade de uma rádio tradicional e com a marca consolidada no mercado de Curitiba. Talvez o ouvinte não tenha percebido mudanças grandes na Banda B, mas replanejamentos foram implantados e ainda continuam por mais um período, até chegar em um ponto de resultados positivos tanto no AM, quanto no FM.
A faixa FM representa o que para a Banda B? Mais força na audiência de mercado?
Representa uma soma de audiência, sem contar a possibilidade de atrair novos ouvintes, tanto pro meio rádio quanto para a marca Banda B.
O sinal da 107.1 FM é de maior intensidade nos bairros ao sul do centro de Curitiba, justamente os mais populosos. Essa questão geográfica é considerada nessa nova fase da Banda B?
Sim. No momento da definição da entrada da Banda B no FM 107.1, foi incluído no projeto um estudo e planejamento para que essa questão geográfica seja uma soma de audiência.
Como a operação em duas faixas pode ser trabalhada pela rádio? Vocês terão atuação diferentes entre as frequências em jogos, por exemplo?
A Banda B optou por continuar sendo a Banda B, independente de sua faixa de transmissão. Trabalhando sempre no tripé desenhado por Luiz Carlos Martins desde o início: Alegria, emoção e informação. Desta forma, não existe a possibilidade de atuar com programações diferentes em cada frequência, salvo o esporte que, já em situações parecidas usando a internet e o AM, poderá oferecer opções de jornadas diferentes, quando dois dos times de nossa capital jogar no mesmo horário.
E como o FM pode beneficiar o departamento esportivo da Banda B? Relatos que o sinal da 107.1 FM é muito bom nos estádios de futebol. Ouvintes já estão utilizando o novo canal para os jogos?
O benefício será recíproco, pois o esporte migrará ouvintes para a transmissão no FM, da mesma forma que a transmissão pelo FM, proporcionará novos ouvintes ao departamento de esportes da Banda B. Campanhas de marketing estão sendo planejadas para que isso aconteça gradativamente.
Como foi essa primeira impressão da audiência e do mercado após um pouco mais de um mês no ar em FM?
É muito cedo para diagnosticar números concretos, até mesmo por que o IBOPE ainda não trabalhou a pesquisa citando e considerando a Banda B na frequência de 107.1 – Esse resultado isolado deve acontecer na primeira quinzena de agosto. A única mensuração é a de participação de ouvintes, os quais tem nos trazidos boas notícias.
A presença em duas faixas no rádio pode ampliar ainda mais a força da Banda B nos meios digitais?
Sem dúvida. Da mesma forma que a audiência de nossos canais digitais cooperam para a audiência nas duas faixas de transmissão. É uma integração de marketing, trabalhando para que as audiências se encontrem. Digo sempre, que muito se falavam em convergência. A Banda B partiu com toda sua equipe para a prática, assim a Rádio Banda B não seria o que é hoje se não fosse suas plataformas digitais, o contrário também é verdadeiro. Não seriamos o que somos hoje nas plataformas digitais se não fosse a força do Rádio.
Como funciona esse planejamento de vocês perante o FM? Se espera uma evolução de audiência em etapas?
Neste primeiro momento, está sendo feita uma análise, com definição de alguns objetivos e metas ainda tímidos, pois, independente de vários cenários pensados e desenhados, aos poucos, e com os pés no chão, serão conhecidos os resultados da soma da Banda B no AM e FM apenas nos três próximos meses.
Para finalizarmos, caso a migração das faixas AM avance mais rápido para quem ocupará o FM estendido, como que fica esse planejamento da Banda B entre AM e FM?
Primeiro, preciso acreditar nisso. Sonho que isso aconteça. Porém, esse cenário ainda está em estudo pela Banda B.
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.