Quarta-Feira, 06 de Novembro de 2019 @ 00:00
Fachada do prédio que é sede do GCD
Vocês tem atuado de maneira multiplataforma na distribuição do conteúdo gerado pelas emissoras do GCD. O digital tem contribuído para o rádio? Entende que o veículo está se adaptando à essa realidade?
Acredito que toda empresa que se preze, tem pensado no Digital, seja ela de qual ramo de atividade pertencer. Nós não somos diferentes. Investimos pesado em câmeras, consoles, iluminação e diversos equipamentos de streaming, todos redundantes. Além disso, temos uma profissional que trabalha com isso em período integral e profissionais especializados em vídeo. Nossas plataformas são cada vez mais relevantes em diversas mídias sociais e estamos em busca de um modelo de negócios viável para tudo isso. Estamos constantemente testando sobre como o rádio pode se beneficiar de tudo isso, sem esquecer nosso principal negócio: o rádio. É um mundo de aprendizado diário trabalhar com o digital. Temos a convicção que, ao contrário de diversos outros veículos, o rádio só veio a se beneficiar com as plataformas digitais.
No final de outubro vocês lançaram mais uma emissora na região, que será afiliada da Jovem Pan FM. Qual foi o motivo da escolha por essa bandeira e formato de programação?
A emissora entrou no ar de forma definitiva em 28 de outubro de 2019, operando em 93,9 MHz. Estamos muito felizes com a opção que fizemos da bandeira Jovem Pan, pois buscávamos uma rede com um perfil pop, sem esquecer do conteúdo jornalístico e a Jovem Pan é exatamente isso. Hoje, temos uma emissora All News, uma popular e agora uma pop, com perfil jovem. Estamos entregando aos nossos clientes todas as opções possíveis de públicos alvo.
Pelos investimentos feitos recentemente por vocês, mostra que o rádio no interior do Brasil é rentável e está se profissionalizando. O mercado percebe isso?
O perfil do rádio em nossa região mudou muito nos últimos anos e ele vem se mostrando sim, um negócio viável, desde que você trabalhe com profissionalismo. Hoje, nossa família, que detém o grupo, vive do Rádio e por isso trata com muita atenção esse negócio. Não temos ligação política com ninguém, nossa equipe da mesma forma. Por isso temos liberdade editorial que muitos veículos não tem. Percebemos que a comunidade vê isso e pontua a nosso favor. A equipe, quando motivada e remunerada de uma forma correta, ajuda muito na qualidade do rádio que fazemos. Os clientes sabem que anunciar conosco é certeza de investir em uma empresa séria e que, entre outras coisas, presta serviço e tem muita audiência na cidade e no interior. E essa audiência se transforma em negócios. O rádio, quando bem feito é imbatível.
A diretoria do GCD é ativa na ACAERT, correto? Como essas entidades ligadas ao rádio ajudam o veículo?
É sim. Faço parte da diretoria a um bom tempo, meu pai já estava na ACAERT em seus primórdios e hoje é comendador da entidade, minha mãe e minha irmã se relacionam diariamente com a entidade, além de toda nossa equipe. Uma Associação é altamente relevante pois trata de assuntos e problemas em comum. Saber trabalhar no associativismo é algo muito importante. Hoje eu diria que o Rádio catarinense é totalmente dependente da ACAERT, que presta um serviço excepcional em seus braços comerciais, operacionais, técnicos e editoriais. Temos orgulho de fazer parte da ACAERT.
Por fim, conte para os nossos leitores o que o GCD planeja para suas operações nos próximos anos.
Estamos nos transformando a cada dia, somos muito mais que uma empresa de rádio, somos um negócio de comunicação. Estamos investindo em um novo portal, integrando cada vez mais nossas emissoras e aquilo que geramos de conteúdo diário. Os conteúdos sob demanda são uma prioridade cada vez maior pra gente e estamos muito ligados com o que acontece no setor nos principais mercados nacionais e até internacionais. Observamos as tendências de consumo do meio, por exemplo, nos Estados Unidos que, ao nosso ver, ditam a tendência mundial e lá, o rádio vai muito bem. Nosso negócio é muito concorrido, como já disse anteriormente, vivemos em uma cidade com muitas rádios e apenas 70 mil habitantes, por isso, precisamos do interior para sobreviver economicamente de verbas fundamentalmente privadas e pouquíssimas verbas públicas. Finalizo dizendo que acreditamos no rádio, não aquele rádio romântico de antigamente, mas um rádio que atrai milhares de ouvintes. Por isso dá retorno aos nossos clientes.
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.