Em fevereiro o portal abre a temporada de entrevista de 2020 e o primeiro bate-papo do ano é com
Fábio Faria. O profissional é atualmente o
diretor executivo da Transamérica e tem imprimido uma série de mudanças na rede, com foco no reposicionamento da marca.
Com a intenção de criação de um produto voltado à negócios, Faria explica toda a
transição da Transamérica, o motivo de ter voltado o
projeto ao público jovem/adulto-contemporâneo, o
esporte, a atuação de rede (própria e com afiliados), divulgação da nova fase da rádio, entre outros pontos importantes.
Acompanhe!
Fabio, muito obrigado por conceder um tempo para o tudoradio.com. Como foi a escolha da adoção do formato jovem/adulto-contemporâneo? Há um crescimento do interesse da audiência de rádio por rádios desse perfil?
Eu que agradeço pelo convite; A adoção deste formato é essencialmente comercial, porém temos questões corporativas que levam a uniformidade de nossa linha editorial. Temos uma grade muito extensa de esportes, com fit para um público mais velho, mais ainda jovem, na faixa dos 25 / 30 anos. Entendemos que o público jovem, na faixa dos 15 anos cada vez mais se afasta do dial, migrando para as plataformas digitais. Entendemos também que o público jovem adulto é formador de opinião e tem alto poder de consumo. Por fim, recentes modificações na coleta de dados de audiência apontam para um resultado de alcance superior na faixa de idade acima de 25 anos... Este conjunto de fatores motivou nossa mudança.
E esse público é o mesmo que estava com a Transamérica nas décadas passadas? Há essa expectativa de resgate de uma audiência que já esteve com a rádio?
Sua pergunta é interessante. A resposta é sim. Chamo isso de memória afetiva. A Transamérica foi primeiro lugar de audiência no dial por muitos anos seguidos durante os anos 90.
Este público hoje, mais velho, conhece a Rádio também por aquela época, então convidamos esta audiência a se reconectar com a Rádio.
E como será a estratégia para contar ao público alvo da Transamérica que ela mudou? Há um plano de divulgação da rádio nas praças onde ela atua?
Sim. Faremos uma grande campanha de mídia à ser lançada após o carnaval, dia 2 de Março; Teremos mídia em TV aberta, Pay TV, Jornal, Revistas, Cinema, Redes Sociais & OOH.
Fabio, você tem uma vasta experiência na área comercial e, em uma das matérias que você atendeu a nossa redação, você afirmou que a rádio estará focada na criação de projetos. Como funcionará isso? E como esses projetos são apresentados ao mercado?
Estou trazendo esta experiência de mídia para a Transamérica. Nosso principal produto é o esporte, não só o futebol, mas os esportes de grande audiência. Fora o conteúdo de esportes, a grade de conteúdo musical já foi inteiramente reformulada e entregaremos 16 novos projetos especiais para o mercado, a partir de Março. Os detalhes são ainda confidenciais.
O atual formato musical adotado pela Transamérica diminuí uma possível diferença de público com aquele interessado na programação esportiva da rádio?
A idéia é exatamente esta, como eu disse acima. O Esporte também sofrerá algumas mudanças com intenção de apresenta-lo mais jovem. Caminharemos como uma única Rádio, com uma única linha editorial.
Já é possível mensurar algum retorno positivo dessa mudança na Transamérica ou ainda é cedo?
Ainda é muito cedo. Mas temos recebido centenas de mensagens positivas, algumas até de agradecimento. Já observamos também evolução de nosso número de audiência, principalmente nas nossas Rádios próprias, que estão em seis capitais além de São Paulo.
Como será a atuação da rede? Haverá um maior acompanhamento dos afiliados, seja para que eles obtenham resultados positivos, como também a busca de uma padronização do que é executado artisticamente?
Já temos um número fechado de 33 emissoras em Rede. Nossa intenção é dar suporte e apoio para nossos afiliados, mas o principal objetivo é fornecer conteúdos relevantes e projetos que eles possam captar investimentos em seus locais. O Foco será sempre o de negócios. Do ponto de vista artístico, a Rede já está completamente padronizada, com exceções combinadas caso a caso. Respeito profundamente as particularidades locais, mas sou profundamente focado na unificação dos conteúdos.
E as emissoras que resolveram continuar com a Transamérica e apostar no novo formato: quais foram os principais motivos que levaram essas afiliadas a embarcarem nessa nova fase?
Acho que cada uma delas tem uma resposta, mas acredito em uma palavra: confiança. A Rede Transamérica tem uma marca poderosa e vamos retribuir a todos, com bons conteúdos e boas oportunidades de negócio.
Neste início de ano você afirmou que a Transamérica buscará uma atuação multiplataforma, ampliando sua presença digital. Como será isso?
Talvez este seja o ponto mais profundo para este ano. Confesso que estamos atrasados nesta área, mas já temos sinal verde para grandes investimentos que serão feitos ao longo do ano.
Fabio, para finalizarmos, conte um pouco para os nossos leitores sobre a sua trajetória profissional.
Iniciei na Propaganda no ano de 1985. Antes fui funcionários de Bancos. Trabalhei por 12 anos no SBT, em seguida passei pelo início das operações da Rádio Mix em 1997. Passei 4 anos no Sistema Globo de Rádio, tive uma passagem rápida pela Rede Antena 1, voltei para a Rádio Mix em 2017. Todas as passagens pela área comercial. Em Maio de 2019 assumi a posição de Diretor Executivo da Rede Transamerica.
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Transamérica, rede, transição, projeto, jovem/adulto-contemporâneo, mercado, futebol, esportes