Segunda-Feira, 13 de Junho de 2022 @ 00:00
Neste bate-papo, Amaury fala de uma ferramenta que pretende aproximar as emissoras de rádio de grandes anunciantes. O RadioBreak visa simplificar o processo de compra de mídia para clientes e emissoras de rádio, além de fazer uma ponte entre as emissoras e anunciantes que costumam atuar apenas em centros com o porte de São Paulo.
Martins explica a diferença da ferramenta em relação à mídia programática e também o que tem mudado para o rádio na compra de mídia.
Boa leitura.
Há algum tempo, mesmo antes da pandemia, muito se fala na necessidade de comprar mídia em veículos de massa da mesma forma que é feita com a publicidade digital. Mas parecia algo mais distante da realidade brasileira. Isso mudou? O que impulsionou o nosso meio para essa necessidade?
O maior desafio da compra de mídia offline (rádio) em escala nacional é que cada veículo é negociado individualmente. Na prática são centenas - se não milhares - de negociações, notas fiscais, pagamentos e comprovantes de irradiação que deverão ser processados pela agência ou pelo anunciante. Toda essa burocracia torna o processo moroso, caro e impraticável!
Com uma crescente base de rádios parceiras que disponibilizam seus estoques na plataforma, a Radio Break faz todo o intermédio da negociação de forma fácil, prática, e transparente. Uma campanha nacional de rádio se transforma em uma negociação, uma nota fiscal, um boleto e um relatório de irradiação!
Geralmente a compra de mídia online é remetida à programática. Mas no caso do rádio terrestre é diferente, correto? Dá para contar com esses dois tipos de mídia?
É diferente pois o rádio tem uma programação antecipada de veiculação e o custo da inserção varia de acordo com o mercado que a rádio está. Considerando estas peculiaridades, tanto a rádio quanto o anunciante sabem exatamente o valor praticado. Essa transparência é vital tanto para rádio quanto para a estruturação de uma campanha.
Uma ferramenta como a de vocês pode ampliar a exposição das emissoras do interior? Tornar mais mercados atraentes para os anunciantes? Ampliar a oferta de dados sobre esses locais?
Tornar as rádios mais atraentes para os grandes anunciantes é a premissa número um da Radio Break! As micro e macrorregiões se fortalecem quando um anunciante de impacto faz uma campanha de grande alcance e para o anunciante, esta penetração e poder de comunicação são vitais para um bom retorno do investimento.
No final de cada campanha o volume de dados que podemos obter e fornecer para os parceiros é enorme, otimizando ainda mais o ecossistema do rádio.
E como funciona a plataforma?
Por meio de uma ferramenta 100% digital, rádios brasileiras podem vender os espaços comerciais de sua programação para anunciantes de qualquer parte do país. É possível ofertar seu inventário ocioso com descontos agressivos para compras coletivas. E o valor é determinado pela própria rádio!
Ou seja: ela coloca seu preço e oferece oportunidades para anunciantes realmente dispostos e interessados em sua área de cobertura.
Para se colocar na plataforma, cada rádio parceira deve disponibilizar o mínimo de 300 inserções comerciais. Os interessados, por outro lado, precisam comprar pelo menos 30% da oferta da área na qual ele pretende ter suas campanhas veiculadas.
Para atrair grandes marcas, é necessária uma cobertura geográfica ampla e, para isso, vamos disponibilizar rádios de toda a região selecionada pelo anunciante. Dessa forma, somamos o alcance de todas emissoras no segmento de interesse do cliente com custo reduzido e atraente. Assim, uma empresa de rádio do interior de São Paulo, por exemplo, fica à disposição e no radar de grandes companhias. Já pensou em ter o Uber como anunciante? Ou o Spotify?
Neste caso, estamos falando de campanhas de alto alcance, sendo uma ponte para os principais anunciantes do mercado?
Sim. A Radio Break pretende aumentar a representatividade da área de cobertura das rádios, atraindo o interesse de grandes anunciantes que buscam uma oportunidade de veicular sua campanha de forma descomplicada, com baixo custo e grande alcance.
Como já afirmou em outras reportagens o meu parceiro na ferramenta, Valério Guimarães, nós queremos promover a transformação digital também para o setor comercial das rádios, de forma que as agências e os anunciantes tenham a mesma facilidade de compra das mídias programáticas, como Google e Facebook, com valores acessíveis, através de uma plataforma intuitiva e imersiva.
E quem está no projeto?
A Radio Break é uma solução original e criada por mim, Amaury Martins, e pelo Valério Guimarães.
No meu caso, eu atuei no mercado de comunicação por quase 30 anos. Sou formado em Marketing, e já fui responsável pelo atendimento comercial do Sistema Clube de Comunicação, das Emissoras Regionais de Ribeirão Preto e da Mega Sistema de Comunicação. Atualmente sou gerente de rádios e eventos do Grupo EP, responsável pela coordenação da equipe de vendas, elaboração de projetos especiais, eventos, ações de sampling, merchandising e diversas campanhas para as rádios Jovem Pan FM e CBN FM (Ribeirão Preto, Araraquara e São Carlos).
E o Valério é formado em Ciência da Computação e pós-graduado em Tecnologia da Informação. Guimarães também já foi, durante anos, analista de sistemas do Sistema Clube de Comunicação. Antes de fundar a Radio Break, criou e participou das startups Cashbox e Click28. Hoje é também proprietário da Control Alt Web, empresa especializada em soluções para web e mobile .
Obrigado pelo bate-papo Amaury. Por favor, deixe aqui os canais de contato para quem tiver interesse em saber um pouco mais sobre a plataforma Radio Break.
Eu agradeço a oportunidade. Os contatos são: 16-98122-9333 e radiobreak.com.br
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.