A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, afirmou que o rádio dá voz aos que não são ouvidos. A declaração de Bokova foi para marcar o Dia Mundial do Rádio, comemorado neste 13 de fevereiro. A diretora-geral disse ainda que o rádio ajuda a educar os analfabetos e salva vidas em situações de desastres naturais.
Para Bokova, o veículo de comunicação representa uma força para a liberdade de expressão e o pluralismo. A chefe da Unesco declarou que o rádio é essencial na formação de sociedades inclusivas e para promover o respeito e a compreensão entre as pessoas.
Bokova afirmou que o meio de comunicação é especialmente importante para a promoção da igualdade de gênero, que é o tema deste ano, e para dar mais poder às mulheres. A diretora explicou que as mulheres têm assumido um papel decisivo no crescimento do rádio, trabalhando como executivas, nos escritórios, ou como repórteres nas ruas.
Ela disse também que as mulheres estão trabalhando em cada nível da indústria de radiofusão para garantir a livre troca de opiniões, informações e ideias pelas ondas do rádio. Apesar disso, Irina Bokova declarou que ainda muita coisa precisa ser feita.
Segundo ela, menos de 25% das notícias veículadas no rádio são sobre mulheres. A representação feminina em cargos administrativos na mídia não passa dos 30%. Bokova pergunta como é possível entender todos os lados da história sem as vozes de mais da metade da população global?
Ela afirmou ainda que a Unesco está comprometida a encontrar esse equilíbrio. A diretora-geral disse que para fortalecer o pluralismo e a liberdade de expressão, as mulheres devem participar igualmente da transmissão e das decisões sobre as notícias. Bokova disse que a Unesco está trabalhando no mundo inteiro para desenvolver o rádio como um meio de comunicação independente tanto para homens como para mulheres. O objetivo é também criar um ambiente mais seguro para os jornalistas, especialmente em relação às ameaças sofridas pelas mulheres que trabalham na mídia.
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