O Instituto Ibope realizou uma pesquisa, atendendo a solicitação da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), para saber o nível de confiança dos brasileiros em relação às notícias publicadas em veículos de comunicação. O levantamento mostrou que os pesquisados confiam mais em notícias que são veiculadas na mídia imprensa, no rádio e na TV do que nas redes sociais. Os dados fazem parte da primeira edição da “Pesquisa Brasileira de Mídia”, que tem o objetivo de identificar os hábitos de consumo de mídia pela população brasileira e subsidiar a elaboração da política de comunicação social e divulgação das atividades do Executivo.
Segundo o levantamento, a televisão continua sendo o meio de comunicação mais utilizado pela população brasileira. A pesquisa mostrou que 65% dos brasileiros estão expostos diariamente ao meio televisivo, com uma média diária de 3h30 de uso. Os jornais são o veículo mais confiável, mas a internet é o meio de comunicação que mais cresce, de acordo com o levantamento. Os sites voltados à notícia contam com maior credibilidade entre os entrevistados e as redes sociais tiveram menor índice de confiança.
De acordo com a pesquisa do Ibope, 50% dos pesquisados confiam nas notícias veiculadas pelo rádio, enquanto 49% confiam mais na TV. Propagandas veiculadas por rádio e TV têm nível de confiança de 47% dos entrevistados, seguidas por anúncios de revistas impressas (36%). O levantamento mostrou ainda que 97% assistem TV e o rádio vem em seguida com 61%. Desses, 21% disseram que ouvem rádio todos os dias.
A pesquisa foi feita entre outubro e novembro de 2013, nos 26 Estados e no Distrito Federal e tem margem de erro máxima estimada em 1 ponto percentual. Na avaliação da Secom, cabe ao governo estar atento a tendências de consumo de mídia nos próximos anos, tendo em vista a adesão aos meios digitais de comunicação, “procurando sempre a maior qualidade na sua comunicação, de forma técnica e transparente”. A intenção do governo é repetir anualmente a pesquisa para “descrever as mudanças tecnológicas e comportamentais que afetam a utilização dos meios de comunicação”.
O documento foi apresentado no Palácio do Planalto pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann. De acordo com a Secom, o instituto de pesquisa foi encomendado por licitação, embora o total de recursos demandados com o levantamento não tenha sido informado.
A abrangência nacional da pesquisa é destacada pela Secom. O levantamento foi elaborado entre agosto e outubro do ano passado, com a participação de especialistas e acadêmicos em pesquisas de opinião pública, e contemplou 75 perguntas feitas a 18.312 brasileiros, em 848 municípios.
Com informações do Valor Econômico
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