Sexta-Feira, 13 de Junho de 2008 @ 13:45
O rádio é a mídia mais popular do mundo e atinge todas as camadas da sociedade. Porém ele também pode ser voltado a uma elite social e ainda conquistas grandes índices de audiência, principalmente em grandes centros urbanos. Trata-se de uma tendência imposta pela necessidade de segmentação do meio. Muitas rádios adotaram o recente gênero adulto contemporâneo no Brasil, originado na década de 90 que resgata de uma forma diferente as antigas rádios adultas que proliferaram o inicio das transmissões em FM no país. O crescimento espantoso em audiência por parte da Alpha FM 101.7 na capital paulista explicitou de vez essa tendência de mercado.
Em cada grande capital do país o ouvinte encontra uma extensa lista de rádios voltadas ao segmento adulto. O grande desafio é tornar essas emissoras uma unanimidade entre as classes sociais mais elevadas e atingir grandes fileiras das demais áreas da sociedade. A Alpha FM 101.7 conquistou esse feito em São Paulo, sendo uma das 10 rádios mais ouvidas da capital, em um ranking que comporta aproximadamente 40 rádios FMs. Sua audiência seria ainda maior se parte dela não estivesse nas suas concorrentes, as redes Nova Brasil FM 89.7 e Antena 1 FM 94.7, rádios que mantém elevados índices e fortalece ainda mais o gênero.
Vamos tomar algumas capitais nacionais como exemplo da força do segmento adulto. Em Porto Alegre a diferente Continental FM 98.3 mantém a liderança no gênero, além de ser dona de índices de audiência no mínimo interessantes. No Rio de Janeiro a audiência da JB FM 99.7 é incrível, algo que a mantém entre as 10 mais ouvidas há algum tempo. Não muito distante está a Antena 1 FM 103.7, também bem posicionada no ranking do Ibope. Em Curitiba a grande representante de rádios de sucesso entre as adultas é a Ouro Verde FM 105.5, rádio que sustenta essa posição há alguns anos e com folga, sempre entre as cinco mais ouvidas da cidade. Na Bahia o reinado fica com a local Globo FM 90.1, que também sempre se configura entre as cinco mais de Salvador.
Todas as rádios citadas acima, como também outros exemplos em outras grandes cidades brasileiras, conseguiram atingir um equilíbrio em suas programações que agradassem aos ouvintes chamados de “adultos contemporâneos”. A tarefa não é simples e uma “pisada na bola” pode selar de vez uma queda vertiginosa de audiência. Cada rádio encontrou uma tendência de programação e artística que agrada a audiência, oferecendo um algo a mais em vez de só executar músicas lentas ou flash back.
Por Daniel Starck – 13/06/2008
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Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.