A Autoridade Federal de Serviços Audiovisuais (AFCSA), controlada por uma maioria kirchnerista, pretende avançar em novembro com o processo de adequação compulsória do grupo Clarín à Lei de Meios. Segundo o diretor da AFCSA, Martin Sabatella, o órgão ainda não informou quais licenças em poder do grupo serão leiloadas e transferidas a outros empresários.
No entanto, fontes do Clarín disseram que o processo pode envolver a emissora de rádio Mitre e o canal 13 de TV aberta. O grupo já anunciou que vai recorrer à Justiça, por considerar que a atuação da AFCSA é “arbitrária” e “discriminatória”.
Em comunicado, o Clarín negou as acusações de Sabatella e acusou o governo da presidente Cristina Kirchner de comandar “um novo avanço ilegal para se apropriar dos meios de comunicação”. A decisão de submeter o grupo a um processo compulsório de adequação à Lei de Meios foi aprovada por cinco membros kirchneristas da diretoria do AFCSA, de um total de sete diretores.
Os dois membros de partidos opositores acusaram Sabatella de não ter dado tempo à diretoria para analisar o caso. O temor de jornalistas e empresários do setor é que os novos donos das licenças do Clarín sejam alinhados ao kirchnerismo, o que aumentaria a concentração de meios de comunicação prógoverno.
Com informações da Abert
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