Analistas políticos já começaram a levantar nomes que poderão assumir as pastas para a reforma ministerial para o novo mandato de Dilma Rousseff. Luiz Trabuco, presidente do Bradesco, foi cotado para o Ministério da Fazenda, enquanto Ricardo Berzoini é indicado para assumir o Ministério das Comunicações, que atualmente responde pelo Ministério das Relações Institucionais.
O ministro é visto como um bom negociador, mas o PT o prefere numa pasta em que possa tentar fazer avançar o projeto de regulação dos meios de comunicação. A ideia é uma bandeira do partido, mas vem sendo postergada por Dilma Rousseff. Durante seu primeiro mandato, Dilma se recusou a tocar qualquer iniciativa que implicasse controle de conteúdo - como já havia sido tentado sem sucesso no governo Lula, na gestão de Franklin Martins na Comunicação Social.
Em junho, o ministro Paulo Bernardo, atual titular das Comunicações, informou em entrevista à Folha de S.Paulo que o foco do projeto não seria o controle de conteúdo nem a proibição de um mesmo grupo econômico controlar emissoras de TV, rádio e jornal, a chamada propriedade cruzada, historicamente alvo de críticas do PT.
Nesta terça (28), em entrevista ao SBT, Dilma reafirmou que não irá interferir na liberdade de expressão. Sobre a parte econômica, disse que o setor tem que "ter regulações", mas não explicou quais. Questionada se irá mandar algum projeto nesse sentido, disse: "vamos discutir bastante antes de fazê-lo".
A eventual ida de Berzoini para a nova função não significa que a proposta vá adiante. Não há data definida para que isso ocorra. Nem mesmo assessores sabem com certeza se a presidente reeleita está, de fato, disposta a tocar essa agenda agora.
Se sair, Berzoini poderá ceder a vaga para Jaques Wagner. Governador da Bahia que elegeu seu sucessor, Rui Costa, o petista emergiu como liderança nesta eleição. Ele já foi ministro da pasta no governo Lula.
Com informações da Folha de S.Paulo
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