O deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) apresentou nesta segunda-feira, requerimento para a inclusão do Projeto de Lei 595/2003, que “dispõe sobre a obrigatoriedade de emissoras de radiodifusão transmitirem o programa oficial dos Poderes da República” à Ordem do Dia para a votação dos parlamentares. O deputado foi o último a tentar incluir o projeto em pauta para a votação no ano passado, antes do recesso parlamentar.
Sob nova presidência, cresce a expectativa de que o projeto seja votado. Eduardo Cunha (PMDB – RJ) se posicionou contrário a qualquer forma de “regulamentação da mídia”, seja de “conteúdo” ou de ordem “econômica”, proposta pela presidente Dilma Roussef quando assumiu o segundo mandato.
No ano passado, a Medida Provisória 648/14, que flexibilizou o horário de transmissão da Voz do Brasil durante a Copa do Mundo, não foi apreciada pelo Congresso Nacional e, por isso, perdeu oficialmente a sua vigência. Um ato declaratório do presidente da mesa do Congresso, senador Renan Calheiros, foi publicado no Diário Oficial da União, oficializando o fim do prazo de vigência.
Por causa da disputa eleitoral nos estados, as votações de matérias no Congresso ficaram prejudicadas. Deputados e senadores chegaram a realizar dois esforços concentrados durante o chamado recesso branco, mas a falta de acordo sobre a pauta de votações impediu a análise da medida.
Com isso, o PL 595/2003 voltou a ser a alternativa para a flexibilização da transmissão do programa A Voz do Brasil. A expectativa do setor é que Eduardo Cunha leve adiante o trâmite do projeto e que seja votado e aprovado, apesar de o projeto sofrer resistência por parte dos deputados federais, principalmente os do Partido dos Trabalhadores (PT).
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