O técnico mecânico Márcio Antônio Ferroni se diz um apaixonado pelo rádio. Aos 65 anos, o paulista de Brodowski, terra natal do pintor Cândido Portinari, possui uma coleção que passa de cem exemplares antigos em funcionamento. Acervo possui aparelhos que a família tinha desde quando era criança
O amor pelo rádio começou desde criança, segundo o mecânico. “Sempre gostei de rádio. Quando nasci, em 1949, não tinha TV. Acompanhava os jogos de futebol pelo rádio e sempre que podia, ouvia música e as notícias do dia. Daí veio a vontade de juntar todo o rádio que tinha”, diz Ferroni.
A coleção começou com os aparelhos que surgiram na época e que a família comprou ou ganhou e, hoje, até exemplares descartados em caçambas estão no acervo do técnico mecânico. A limpeza e manutenção ficam a cargo de Ferroni, sempre preocupado com o funcionamento das peças. “Tem rádios com válvula e transistorizados, elétricos e a pilha. Coloco sempre em funcionamento para que não tenham problemas e parem de funcionar”, explica.
Os vários modelos, como Semp, Philco e Philips estão organizados em prateleiras na casa do colecionador e também em exposição no acervo do Centro Educacional de Brodowski, escola que vai do maternal ao ensino médio. “Quero que os alunos conheçam a história do rádio. Hoje uma criança nem sabe como tudo começou. Na minha época, o namoro era diferente. A gente levava uma vitrola antiga, “sonatinha”, um rádio para tocar música num piquenique. O rádio estava sempre presente nos grandes momentos. Quero que todos conheçam os passos do rádio para que vejam onde chegou”, conta.
Perguntado sobre a possibilidade de doação do acervo, Ferroni é taxativo: “não dou, não doo e nem vendo. São relíquias para as futuras gerações”, garante.
Com informações da Abert
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