A Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou nesta quarta-feira (25) que o ministro Thomas Traumann (Comunicação Social) entregou pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff, que aceitou. A nota divulgada pelo Palácio do Planalto não informa o motivo nem diz quem assumirá a pasta.
Traumann é o terceiro ministro a deixar o cargo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Além dele, saíram Cid Gomes (Educação), substituído interinamente por Luiz Cláudio Costa; e Marcelo Néri (Secretaria de Assuntos Estratégicos), substituído por Roberto Mangabeira Unger.
Conforme a Secretaria de Imprensa, o atual secretário-executivo da Secom, Roberto Messias, assumirá o comando da pasta de forma interina, até que Dilma nomeie um sucessor. Minutos após a Presidência confirmar a saída de Traumann, o ex-ministro usou sua conta no microblog Twitter para postar trechos da música “Novos Rumos”, do compositor Paulinho da Viola.
A Secretaria de Comunicação Social é responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com a imprensa, por gerenciar as estratégias de comunicação de todos os ministérios e definir a aplicação das verbas publicitárias do governo nos veículos de comunicação. É a Secom também o órgão responsável pelo gerenciamento das redes sociais da Presidência.
Atualmente, a presidente Dilma e o Palácio do Planalto possuem perfis em Twitter, Facebook, Instagram e Vine. Todo o conteúdo relativo à ela e à Presidência publicado nessas páginas passa pela aprovação da Secretaria de Comunicação.
Há cerca de um ano no comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Traumann é jornalista. Na primeira gestão de Dilma, atuou por cerca de um ano como porta-voz da Presidência – era responsável pelas relações com a imprensa. Como ministro da Secretaria de Comunicação Social, foi responsável por conduzir a Pesquisa Brasileira de Mídia, a fim de auxiliar o Planalto a tomar decisões relacionadas à publicidade oficial.
Na semana passada, parlamentares de oposição defenderam a demissão do ministro, devido a um documento interno divulgado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" que teria sido elaborado pela Secretaria de Comunicação e apontava uma situação de “caos político” no país, “comunicação errática” do governo e defendendo mais investimentos em propaganda em São Paulo. Comissões da Câmara e do Senado aprovaram convite para que o ministro esclarecesse aos parlamentares o conteúdo do documento.
O PT se mobiliza para ocupar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Por trás da movimentação está o interesse no controle direto de uma verba publicitária próxima a R$ 200 milhões ao ano. A presidente Dilma Rousseff ainda busca um substituto para o comando da pasta, mas pretende manter os gastos com órgãos de mídia sob a guarda da Secom, secretaria que tem status de ministério e também cuida da relação do governo com a imprensa e de sua comunicação interna e externa.
Inicialmente, petistas queriam transferir o controle da verba publicitária para o Ministério das Comunicações, comandado por Ricardo Berzoini (PTSP). O ministro é responsável por conduzir o polêmico debate sobre a regulação da mídia, bandeira do PT. Um dos pontos dessa reforma é o fim da propriedade cruzada, com os grupos de mídia ficando impedidos de possuir, ao mesmo tempo, TV, jornal impresso e rádio.
Com informação da Globo.com e Folha
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