A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu um processo para apurar se o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Thomas Traummann foi responsável pelo vazamento de um documento reservado em que apontava os erros de comunicação do governo. A denúncia foi apresentada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDBSP) e foi aceita pelo presidente da comissão, Américo Lacombe.
O processo foi aberto no dia 24 de março, um dia antes de Traumann pedir demissão do governo. A última reunião da comissão aconteceu em 19 de março. O colegiado adotou procedimento diferente no caso do exministro. Em geral, a comissão pede informações ao possível investigado antes de instaurar o processo para apurar a conduta dele. No caso de Traumann, o grupo instaurou o processo e pediu as informações posteriormente.
O relator do caso, o conselheiro Mauro Menezes, informou à Folha que o exministro tem dez dias para responder ao pedido de informação. Ele, no entanto, não soube informar quando Traumann foi notificado. A contagem do prazo se inicia quando a autoridade recebe a notificação.
Se considerar que o exministro cometeu irregularidades no cargo, ele poderá receber uma censura ética, penalidade máxima neste caso, já que ele não é mais ministro. Na prática, a punição representa uma "mancha no currículo". Traumann não foi localizado para comentar a instauração do processo.
Com informações da Folha de S.Paulo
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