A avaliação foi unânime. O 1º Seminário de Negociações Coletivas, promovido pela Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert), no último dia 28, foi um sucesso e deve ganhar novas edições. "Foi o primeiro grande encontro de alinhamento de um setor forte, que precisa se organizar porque as mudanças da legislação e as inovações impactam diretamente nossos negócios", avalia a vice-presidente da Fenaert, Mônica Maria Cavalcanti Pereira. Para ela, o sentimento ao sair do evento foi de que "unidos o setor é ainda mais forte".
Guliver Augusto Leão, 1º Vice-Presidente Secretário, destaca o "conteúdo consistente e que contribui de forma efetiva para os representantes do setor". Para Guliver, talvez seja preciso avaliar também uma forma de regionalizar o evento, com o intuito de fazer chegar a informação a todos os associados.
O balanço positivo é compartilhado pelos demais diretores da Fenaert. "Tanto do ponto de vista da qualidade das palestras, como da organização do evento, o seminário foi, realmente, nota 10", resume Telma Cabral.
Gilmar D'Moura, representante do Mato Grosso, diz que o seminário consolida o trabalho do setor. "Hoje com a unificação do sindicato, da federação e da confederação é possível ter um setor atento a todos os movimentos de transformação, seja do ponto de vista factual, seja da legislação". Junto com Diogenes de Abreu Fagundes, ele está em processo de formação do Sindicato Patronal do Estado.
"Estamos criando um sindicato patronal no Mato Grosso, e esse seminário foi nosso norte, pois além de incentivar, ele foi estimulante", afirma Diogenes de Abreu Fagundes, que também comenta ter tomado conhecimento sobre os instrumentos que a Fenaert oferece aos sindicatos seus associados.
No evento que se propôs a analisar o cenário político e econômico do país e os impactos nas negociações coletivas, ficou clara a necessidade de ampliar o diálogo entre os agentes envolvidos. "É hora de construir uma visão de ganha, ganha. Em que empresas, funcionários e os próprios políticos ganhem, e isso poderá acontecer através de uma interação franca e transparente entre todos esses agentes", defendeu o cientista político Carlos Melo.
Já o economista professor da FEA/USP, Hélio Zylberstajn, propôs um pacto entre os sindicatos para abrir espaço a um novo modelo negocial no país. "É preciso criar um outro campo para jogar e convidar o outro time. Com o jogo de hoje, todos só têm a perder", analisou.
Em sua manifestação, o Juiz da 1º Vara do Trabalho de Salvador (BA), Rodolfo Pamplona Filho, comentou que no campo da negociação coletiva não existe mágica. "É preciso ter postura, estratégia e entendimento amplo da negociação". Pamplona ainda chamou atenção para o atual momento político do país e ressaltou que é o ideal para qualquer revisão da legislação.
O Seminário veio ao encontro de um dos objetivos da Fenaert, o de se aproximar de seus associados e unificar o discurso do setor. "Esse Seminário chega para dar visibilidade a uma nova fase da Fenaert. Uma etapa em que estaremos mais presentes no dia a dia dos associados, auxiliando ainda mais na sua formação profissional, na sua defesa econômica e proteção jurídica", destacou o presidente da Fenaert, Ary do Santos.
Para Ary, o encontro representa o esforço para desencadear um novo processo de comunicação com os associados e com a sociedade em geral. "A realidade brasileira exige que saibamos ler o cenário econômico e social que vivemos. Exige que se ultrapasse a visão específica de nosso setor comunicação", complementa.
Para complementar a ideia de unificação, foi publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (28), com processo de número 46206.020253/2012-36, a criação da Confederação Nacional da Comunicação Social (CNSC), que une as entidades Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão, a Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas e a Federação Nacional das Agências de Propaganda.
Com informações da assessoria de imprensa Fenaert
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