Um tema que preocupa aos radiodifusores brasileiros é a migração de rádios AM para FM. Esse foi o tema da exposição de André Ulhoa Cintra (SET/ ABERT), que analisou o fenômeno e o processo na palestra intitulada: “Migração AM-FM” nesta quarta-feira, dia de encerramento do SET Nordeste, que está sendo realizado no Centro Universitário Estácio, que fica no bairro da Aldeota, em Fortaleza.
Cintra explicou os pormenores da migração da AM para a FM, trabalhando as etapas de todo o processo; as premissas adotadas nos estudos de viabilidade; os critérios de otimização dos canais escolhidos; os andamentos dos estudos e cronograma; e a canalização da faixa estendida (que vai de 76 FM a 88 FM). “Em Fortaleza temos alguns problemas”, disse. “Não temos 7 canais, na cidade de Fortaleza nos faltam 10 canais de migração, dos 66 pedidos conseguimos entregar 56 frequências, uma média interessante.”
Os principais problemas da canalização estão, segundo Cintra, no Paraná porque ali há fronteiras com o Mercosul e interferências de sinal. Ele explicou quais foram os problemas que apareceram quando se tentou realizar o estabelecimento de premissas que tiveram a ver com os “canais vagos e reserva do plano de FM”; como influência o “canal 6 de TV e RADCOM” e falou ainda sobre quais os “critérios de flexibilização” e como trabalhar com o “segundo adjacente e interferência de FI”.
A extensão da faixa de FM foi outro dos temas tratados, trabalhando a frequência 76 a 88 FM (canais 5 e 6 de TV) “pensada para todo o Brasil, mas necessária apenas para os municípios em que o espectro esteja congestionado”. Para o executivo, outro dos problemas é qual será o preço da outorga e como ela será cobrada . “Agora o TSU deu um parecer, veremos que se passará. A questão será o preço e com ele qual potência vai ser utilizada pelos radiodifusores. Estamos em um momento de indefinição”.
“Penso que até finais de junho teremos o processo de canalização finalizado, mas temos de esperar o preço e, com isso, saber o que vai acontecer com as potências e o que farão os radiodifusores”, afirmou no fim da apresentação.
Com informações da Revista da SET
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