Um dos envolvidos no assassinato do jornalista Rodrigo Neto, que trabalhava pela Rádio Vanguarda AM 1170 AM de Ipatinga e que foi morto a tiros em 2013, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado. Alessandro Augusto Neves, conhecido como “Pitote”, foi a júri popular pelo crime e ainda vai cumprir pena por tentativa de homicídio contra um amigo que estava com a vítima no momento da execução.
A sessão aconteceu na última sexta-feira (19), conduzido pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira. A decisão foi dividida em 12 anos pela morte do jornalista e outros quatro pela investida contra o amigo do profissional. Ainda cabe recurso. Pitote, que estava preso desde junho de 2013, ainda será julgado em agosto pelo assassinato do fotógrafo Walgney Carvalho, morto na mesma região após 37 dias.
De acordo com informações do jornal O Tempo, o réu negou ter cometido o crime em depoimento. “Foram os próprios policiais da investigações que plantaram provas contra mim. Eles queriam me incriminar de qualquer jeito e chegaram a me ameaçar por diversas vezes”, alegou. Familiares do jornalista comemoraram a decisão judicial, mas ainda estão inseguros, pois os mandantes do crime estariam soltos.
Em agosto passado, o policial Civil Lúcio Lírio Leal também foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pelo envolvimento nos homicídios. Questionado sobre outros envolvidos que estariam livres, o promotor Francisco Ângelo Silva Assis afirmou que “o Ministério Público trabalha com casos concretos. Cada caso vai ter a sua própria sorte conforme as provas, conforme os elementos. Nem todos tiveram sucesso, mas alguns sim. Justiça se faz assim, enfrentando cada caso de acordo com sua respectiva prova”.
O jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, foi assassinado na noite de quinta-feira, 7 de março de 2013, por volta das 23h em Ipatinga (MG). Ele era repórter policial e co-apresentador do programa ‘Plantão Policial’, transmitido de segunda a sábado, das 12h35 às 14h, pela Rádio Vanguarda AM.
À época, colegas do profissional informaram ao Comunique-se que o crime ocorreu em frente ao bar conhecido como “Churrasquinho do Baiano”. Neto saiu do estabelecimento e estava entrando em seu carro, quando foi abordado por dois homens em uma moto, que começaram a disparar armas de fogo. Um dos tiros atingiu a cabeça do jornalista e outro o peito. Ele não resistiu aos ferimentos e os criminosos fugiram sem ser identificados.
Trinta e sete dias depois da execução de Neto, o repórter fotográfico Walgney Assis Carvalho, de 43 anos, foi assassinado. O crime aconteceu no bairro de São Vicente, em Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço mineiro. Neto e Carvalho trabalharam juntos em um jornal impresso da região e a suspeita é que a mesma arma matou os dois profissionais. O revólver responsável pelo disparo foi apreendido com Alessandro Neves.
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