Em evento da Academia Internacional de Televisão, no Rio, a presidente Dilma voltou a defender a liberdade de expressão “em todas as suas possibilidades”. Executivos do setor de mídia de todo o mundo se reuniram ontem no Rio para discutir as novas tendências da indústria, diante do avanço de diferentes plataformas para distribuição de conteúdo.
O International Academy Day, evento anual em que integrantes da Academia Internacional de Televisão, Artes e Ciências debatem assuntos da indústria e novas tendências. O evento foi no Projac, sede dos estúdios de entretenimento da TV Globo. Depois, houve um jantar de confraternização, com cerca de 80 convidados, no Golden Room, do Copacabana Palace, ao qual compareceram a presidente Dilma Rousseff, o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes. Em seu discurso, Dilma defendeu a liberdade de expressão, ressaltando que o debate deve ocorrer sem censura em todos os formatos de mídia.
— As tecnologias que avançam rapidamente permitem agregar valor e criar vínculos. As tecnologias, os bens e os serviços culturais permitem que nos reconheçam e que sejamos reconhecidos. Essa importância será maior quanto mais formos capazes de valorizar a diversidade e olhar para o resto do mundo buscando aprender e integrar a nossa diversidade à adversidade de todos os povos. E exige compromisso inarredável com a liberdade de expressão em todas as suas formas, possibilidades e em todas as suas nuances — afirmou a presidente. — Existe, sim, liberdade de imprensa, como sempre defendi e continuo defendendo. Prefiro os ruídos e as críticas usuais e normais da democracia ao silêncio imposto nas ditaduras. A liberdade de expressão requer o devido espaço para o debate sem censura em todos os formatos de mídia.
A presidente também lembrou a importância da indústria cultural para o país. “Um país de dimensão cultural forjou uma pluralidade de expressões culturais. É um patrimônio coletivo que constitui a nossa identidade. A sociedade vive essa diversidade cada vez mais presente na produção audiovisual, graças a políticas e investimentos de agentes privados.”
A liberdade de expressão também foi mencionada durante o discurso de Roberto Marinho Neto, diretor do Grupo Globo. Ele citou as conquistas desde a redemocratização brasileira e a promulgação da Constituição de 1988. “Desde então, todos os presidentes da República, os ministros da Suprema Corte e os líderes do Congresso Nacional, reconhecem a liberdade de expressão como um direito intocável. Nossa presidente da República, Dilma Rousseff, repete em todas as oportunidades que tem que, sem liberdade, não há democracia nem desenvolvimento.”
Com informações da Abert
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