Um levantamento feito pelo engenheiro Eduardo Cappia (diretor da empresa EMC Telecomunicações e líder do Comitê Técnico da AESP) para o site da Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista, no interior paulista, mostrou que cerca de 29% das rádios AMs que solicitaram a migração para o FM irão ocupar o dial estendido. Esse número corresponde a cerca de 50% da população, ou seja, metade dos brasileiros terão acesso às rádios no dial estendido.
Cappia afirmou que as rádios do dial estendido poderão atingir cerca de 100 milhões de pessoas em todo o Brasil. “De fato deveremos chegar a 29% das novas emissoras de um total de 1386, que deverão utilizar a faixa estendida, que atenderão cidades que, na maioria das vezes, serão capitais e cidades de grande expressão econômica, com alta densidade populacional podendo cobrir 100 milhões pessoas e se observada a estatística (mais pessimista) de que pelo menos 74% ouvem rádio, um novo desafio chega as estes milhões de ouvintes que o da sintonia da nova faixa”, ressaltou.
O Ministério das Comunicações lançou no último dia 10 a Consulta Pública para a avaliação de canais no estado de São Paulo e parte de Minas Gerais. Com isso, falta apenas o Rio Grande do Sul para passar pela consulta. Até agora, são 390 canais que migrarão para o eFM, número que pode chegar a 450 quando chegar ao estado gaúcho.
A questão que ainda incomoda o setor é em relação aos valores das novas outorgas, ou seja, o custo que a rádio AM migrante terá que arcar para poder adquirir a estação em FM. Os valores estão no TCU (Tribunal de Contas da União) e falta a aprovação do órgão para que ele seja repassado às estações.
Porém o modelo já é conhecido e foi abordado nas convenções realizadas pela entidade do setor: o pagamento deverá ser feito através de um boleto bancário, sem prorrogação de prazo e também divisão do valor. Esses dados serão enviados às emissoras migrantes, além do questionamento se desejam aceitar o processo ou permanecer como rádio AM. O desconhecimento dos valores incomoda e gera apreensão do setor, que não vê a situação com bons olhos.
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