Na próxima sexta-feira (18), a televisão brasileira comemora 65 anos da primeira transmissão feita em território nacional. Uma exposição em São Luís (MA), aberta nesta segunda-feira (14), permite uma viagem por uma parte dessa história. A programação marca ainda os 93 anos das transmissões de rádio no Brasil, comemorados no último 7 de setembro. A mostra ‘65 anos da primeira transmissão de TV e 93 anos da primeira transmissão de rádio no Brasil’ reúne aparelhos de TV e rádio do acervo do radialista Talvane Lukatto, e fica aberta até o próximo dia 2 de outubro, na sede da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), bairro do Cohafuma.
Maranhense de Colinas (MA) – município localizado a 442 km de distância da capital, São Luís (MA) –, o radialista, com 39 anos, começou a fazer seus registros ainda quando criança. O rádio era, até então, a única alternativa de comunicação, informação e diversão em massa. “Hoje são mais de 15 mil fitas cassetes, com gravações de várias partes do Brasil e, principalmente, do Maranhão; 50 mil discos de vinil, 30 TVs antigas, 50 aparelhos de rádio e diversos adesivos”, disse ao G1.
Entre as relíquias do acervo em vídeo e áudio, estão edições do Jornal Nacional de 1989 até os dias atuais, e raridades do rádio maranhense e brasileiro. “Tenho discursos de políticos, jingles, entrevistas de pessoas que já se foram”, conta.
Com o avanço da tecnologia, o método de gravação mudou: passou da fita cassete ao computador, que registra 24h de programação. Algumas das raridades, agora em acervo digital, vão em sinais de ondas médias a ouvintes de 200 municípios maranhenses por meio da rádio Mirante AM 600 de São Luís: viraram um programa de rádio – o ‘Memórias do Rádio no Ar’ – que completa, no próximo dia 9 de outubro, 11 anos no ar.
Em sua 11ª exposição da memória da televisão e do rádio brasileiros, o radialista quer expandir o projeto, contar a história da construção do acervo em livro e visitar emissoras de todo o país. Até o momento, 50 emissoras de rádio e cinco de TV já foram visitadas, mas ao fim de 2015, ele estima que conclua um ciclo de visitas a emissoras em todas as nove capitais nordestinas.
“É um trabalho de formiguinha e um privilégio conhecer algumas emissoras do país, o que talvez seja o sonho de muita gente. Quero me tornar uma referência do acervo de rádio do Brasil”, completa.
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