Em meio à polêmica causada e já superada em entre o rádio e a internet sobre o lançamento e divulgação de artistas, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que os americanos ainda preferem descobrir novos artistas pelo rádio. As ferramentas de recomendação baseadas no gosto dos usuários de serviços como Spotify, Rdio e Deezer podem ser bastante precisas ao "prever" o que as pessoas gostam de ouvir baseadas em seu histórico. Mas, para a maioria dos consumidores americanos, o rádio ainda é o lugar preferido para descobrir novos artistas, grupos e canções.
Uma matéria publicada pelo jornal O Globo na semana passada, mostra a mais recente pesquisa da Nielsen para investigar os gostos do mercado dos Estados Unidos e seus hábitos na hora de ouvir música apontou que, ao todo, 61% dos americanos contaram que descobrem novos artistas pelo rádio, seja AM/FM ou por satélite. Um aumento de 7% em relação ao ano passado. Enquanto isso, 65% dos adolescentes afirmam preferir o bom e velho boca a boca: as recomendações dos amigos e da família são cruciais para apresentar-lhes novidades.
Ir a shows também está voltando a ser um modo popular para conhecer novos artistas, com 12% das pessoas dizendo que eventos ao vivo ainda são importantes para isso. Metade dos americanos alega ter ido a shows nos últimos 12 meses, e 11% frequentaram festivais no mesmo período. No mesmo campo, a pesquisa apontou que os gastos com ingressos - seja de clubes de jazz, shows intimistas ou festivais - representam 50% das despesas relacionadas à música dos americanos.
A pesquisa apontou ainda que apenas 9% dos americanos não se consideram consumidores de música. Para os outros 91% da população, os que costumam ouvir música regularmente, a média de audição costuma ser de 24 horas por semana.
Com a popularização dos serviços de streaming, o modo de se consumir música está mudando. Três quartos da população, ou seja, 75% das pessoas, estão ouvindo seus artistas favoritos online, um crescimento de 10% em relação ao ano passado. A concorrência entre os serviços de streaming, com o acréscimo do polêmico Tidal e da gigante Apple Music na disputa, nunca foi tão grande. Porém esse universo on-line não exclui o consumo "offline", ou seja, eles podem ocorrer de forma simultânea, além do rádio poder ser acompanhado através das duas modalidades (on e offline).
Dispositivos móveis, como smartphones e tablets, também desempenham um papel cada vez maior neste mercado: 44% da população ouve música em aparelhos móveis, 7% a mais do que no ano passado.
Com informações do O Globo
Tags:
Rádio, pesquisa, audiência, Nielsen, Estados Unidos