Algumas rádios que optaram por fazer a migração do AM para o FM já cumpriram todas as etapas do processo, mas ainda aguardam a mudança de faixa. Após o pagamento do boleto com o valor da nova outorga, o passo seguinte é a assinatura do contrato com o Ministério das Comunicações para a liberação da frequência.
É grande o número de emissoras que quitaram o pagamento do boleto, mas ainda não tiveram uma sinalização do MiniCom sobre a data para começar a operar em FM. As emissoras estão prontas, a compra dos equipamentos está sendo realizada e os retoques nos planos de marketing, finalizados. Resta ao Ministério das Comunicações emitir os contratos para que estas rádios concretizem um sonho de décadas.
Até o momento, apenas duas rádios migraram: as cearenses Rádio Progresso, e Rádio Cetama, ambas de Juazeiro do Norte. A Rádio Cetama foi a segunda emissora a ter a migração oficializada para o dial FM. No dia 18 de março foi a vez da Rádio Progresso AM 1310 de Juazeiro do Norte. A emissora pode ser sintonizada em 97.9 FM no interior cearense.
O processo também contou com a participação de André Figueiredo, atual ministro das Comunicações. O comandante da pasta foi entrevistado pela equipe da Rádio Progresso, além de participar dos eventos que marcaram o início das operações em FM da primeira migrante.
Na ocasião, foi Figueiredo quem “ligou” a Rádio Progresso na faixa FM, como uma “faixa de inauguração”. O ministro declarou que "o público também poderá acompanhar toda a programação a partir dos dispositivos móveis, como celulares e tablets. Isso faz a diferença em um momento onde a tecnologia está cada vez mais presente na rotina dos brasileiros", explicou ao apertar o botão que iniciou a operação do veículo em FM na região do Cariri, onde está localizada a cidade de Juazeiro do Norte.
Das 1.388 rádios AM que solicitaram a adaptação da outorga para FM, 998 foram consideradas aptas para realizar a migração na faixa atual. Mas este número vem aumentando a cada dia. As emissoras AM perceberam que o replanejamento dos projetos técnicos e as eventuais diminuições na potência podem permitir mais migrantes dentro da faixa atual.
Tais adaptações nos planos são uma vantagem para as rádios, já que algumas foram obrigadas a ir para a faixa estendida, tendo que esperar por um prazo maior. Na avaliação da ABERT, este prazo dificilmente aconteceria antes do segundo semestre de 2018. Dos cerca de 180 boletos emitidos, a ABERT avalia que mais de 50 foram quitados.
Com informações da ABERT
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Rádio, migração AM, Minicom, Brasília