Ontem (1º) o SET Sul 2016 contou com um painel especial sobre o atual momento do processo de migração AM-FM, apresentado por Eduardo Cappia (diretor da EMC Soluções e líder do comitê técnico da AESP/SET) e Cauê Franzon (gerente técnico de infraestrutura da RBS). Os palestrantes e os congressistas presentes debateram os aspectos técnicos e jurídicos do processo, além de fazer a atualização dos números da migração AM-FM no país. Vale lembrar que
o Tudo Rádio publicou uma matéria na última sexta-feira (27), alertando o setor sobre o fim do processo de apresentação de documentação para as migrantes do “primeiro lote” e o início do “lote residual”.
O painel realizado na manhã de ontem teve como tema “Migração: as primeiras emissoras no ar”. Nele, Cappia lembrou que existem 1.781 canais de AM para ser regularizados. “Desse total, 1.388 optaram pela migração. Desses, 345 buscam a faixa estendida em regiões de alta densidade populacional. Em São Paulo, por exemplo, 62% dos canais estão na faixa estendida. No Rio Grande do Sul, 25%. Em todo o país, 55 emissoras migrantes concluíram a fase de habilitação junto ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (ex-Ministério das Comunicações), e já firmaram contrato de adaptação de outorga com a União”, afirma o engenheiro.
Assim como ocorreu durante a apresentação de Cappia no 16º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão (realizado em Florianópolis durante o mês de maio), o engenheiro alertou para a necessidade de otimizar a instalação FM das migrantes. Segundo Eduardo é necessário que os radiodifusores saibam qual é a classe de suas emissoras. Uma mesma emissora precisaria de 100kw se instalada no centro de uma cidade, mas, apenas 2kw para funcionar na serra. “É preciso trabalhar na otimização da instalação, com a máxima eficiência energética, com a aplicação de ferramentas digitais de cobertura”, destacou durante o painel.
Já Cauê Franzon (Grupo RBS) destacou a característica de penetração do rádio brasileiro na população nacional, indicando um valor entre 65% a 70% do rádio nas residências brasileiras, além de destacar que o público feminino é maior do que o masculino. “A classe C é a que tem a maior distribuição e penetração no rádio. Os conteúdos precisam ser pensados a partir desses aspectos. No Rio Grande do Sul, existem mais de 900 emissoras AM e FM, sendo 400 delas AM”, afirma Franzon.
“Temos feito um esforço muito grande do ponto de vista da migração, mas, se não tivermos penetração, esse esforço se torna irrelevante. É preciso pensar até que ponto a faixa estendida é interessante para as grandes redes. Esse é um mercado que está voltado às pequenas emissoras. A indústria nacional também parece não ter interesse em desenvolver esse mercado. A indústria precisa buscar soluções de baixo custo”, alertou Cauê.
Cappia também lembrou os presentes sobre
a realização do SET EXPO 2016, em São Paulo, que se realizará de 29 de agosto a 1º de setembro de 2016. O evento contará com a cobertura do Tudo Rádio e a migração AM-FM será um dos principais temas discutidos nos painéis da edição 2016. Vale lembrar que assim como em anos anteriores, o SET EXPO contará com o “Dia do Rádio” na programação do congresso, com a realização do 3º Fórum Latino Americano de Negócios e o “Pavilhão do Rádio” na feira.
O SET Sul 2016 foi realizado nos dias 31 de maio e 1º de junho em Porto Alegre (RS).
Com informações do portal e assessoria da SET
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