O Tudo Rádio tem acompanhado de perto a evolução que atinge as rádios brasileiras em dois ambientes: off-line e on-line. No primeiro, muitas estações realizaram investimentos técnicos para ampliar a qualidade de sua cobertura e áudio, com destaque para a recepção em FM. Já no ambiente virtual, também foram realizados investimentos e avanços, mas no mundo on-line as rádios também dependem da melhora dos serviços de internet oferecidos aos públicos. Ainda sem limitações na franquia de conexões “banda-larga”, é possível “subir o som” via internet. Acompanhe:
As principais emissoras do país já estão optando por taxas de transmissão entre 64kbps e 128kbps, sendo a última a responsável por oferecer uma experiência mais próxima daquela que ocorre ao captar uma FM através de um receptor comum. Em MP3/MPEG a 128kbps, os ouvintes podem acompanhar todo o trabalho artístico desenvolvido pela estação, considerando que boa parte dessas estações estão utilizando processadores de áudio para a transmissão via internet. Já aquelas que atuam em 64kbps, optam pelo formato AAC+, que ajuda numa melhor experiência de áudio e conexão.
Em São Paulo, rádios como 89 A Rádio Rock FM 89.1, 105 FM 105.1, Alpha FM 101.7, Gazeta FM 88.1, Jovem Pan FM 100.9, Mix FM 106.3, USP FM 93.7 já oferecem transmissões a 128kbps, algo que se aproxima da referência de som existente na recepção via FM. Outras atuam em faixas como 96kbps, como a Transcontinental FM 104.7 e Antena 1 FM 94.7. Também há a opção de 64kbps em AAC+, novamente o caso da Antena 1, além das emissoras Metropolitana FM 98.5, Dumont FM 104.3, Top FM 104.1, NOVABRASIL FM 89.7, entre outras. Rádios importantes de outros centros brasileiros também seguem essa tendência, com vários exemplos de operações entre 64kbps a 128kbps.
A subida é possível com a melhora das conexões na “ponta final”, ou seja, no ouvinte. Com mais opções de locais que disponibilizam Wi-Fi, além da melhora das redes 3G, 4G e mais opções de planos de banda-larga, o aumento gradual nas taxas de transmissão não chega a ser um problema para conquistar audiência, além de cativar o usuário pelo áudio. Boa parte dessas emissoras mantém mais de um link de áudio, ou seja, com opções de taxas mais baixas para conexões via celular ou mais instáveis.
E a preocupação com a qualidade do áudio, aliada a capacidade de conexão do ouvinte, foi ampliada com as mudanças realizadas pelo Kantar Ibope Media na medição da audiência nos principais centros do Brasil. Com a nova metodologia, os universos “offline” e “online” foram ampliados. E mais: com uma fatia mais significativa de ouvintes presentes no ambiente virtual, uma disputa por colocações nos ranking gerais pode ser alterada com o índice de audiência conquistado no streaming. Existem diferenças nos rankings de audiência quando considerada a soma FM+web (ou AM+web) em relação ao ranking offline (apenas FM ou AM).
Conforme informado pelo Tudo Rádio em abril, uma eventual limitação na franquia de conexões via banda-larga pode interromper a evolução na qualidade do áudio via streaming.
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