Comitê organizador da Paralimpíada instala rádio em FM para audiodescrição de jogos

O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 instalou uma rádio na Arena Carioca 2 para fazer os torcedores entenderem as disputas de bocha e descrever as partidas para os cegos na arquibancada. Chamada de rádio inclusiva, o sistema tem tido o retorno esperado pela organização do evento.

 

 

Instalada em baixa potência na freqüência 89.1 FM, o sinal é captado apenas dentro da arena. Com isso, os torcedores podem levar rádios e aparelhos celulares com recepção FM e acompanhar as disputas de bocha, esporte que é disputado de forma amadora em diversas cidades do país, mas que tem suas regras e pontuações desconhecidas do público em geral.

 

“Foi uma iniciativa do Rio 2016. Quase todas as arenas têm um sistema de rádio funcionando. Não é só para comentar. Fazemos também audiodescrição para as pessoas que têm deficiência visual. Como a bocha não é um esporte muito conhecido, tentamos trazer informações sobre o esporte, explicar para que as pessoas possam entender o jogo. Tentamos colocar o torcedor dentro do que está acontecendo na quadra. São muitos detalhes. Aconteceu de o Brasil estar perdendo um jogo e a torcida vibrando, achando que estava vencendo. É muito importante esse trabalho de divulgação. Estamos muito felizes de fazer isso”, contou Claudio Garcia, responsável pela transmissão.

 

O narrador faz transmissões online dos jogos de bocha do Brasil desde a Paralimpíada de Londres, em 2012. Na época, a iniciativa era uma espécie de rádio pirata, sem direitos de transmissão. Desta vez a narração está homologada pelo Rio 2016, que disponibiliza até alguns rádios na entrada da Arena Carioca 2 para os torcedores. O número é limitado, mas qualquer um dispositivo móvel com rádio pode sintonizar a transmissão. A transmissão também é feita em inglês e espanhol pelo argentino Gustavo Cheppi.

 

Com informações do G1

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