O presidente do Senado, Eunício Oliveira, ressaltou a participação do ex-presidente da Casa, José Sarney, na criação da Rádio Senado FM 91.7 de Brasília. Juntamente com outros senadores, diretores e servidores, ele participou na noite desta terça-feira (7) da abertura da exposição sobre os 20 anos da Rádio Senado. Montada na Senado Galeria, a exposição pode ser visitada até 17 de março.
Eunício destacou a importância da emissora para o Senado e a sociedade brasileira. “Quero fazer justiça ao presidente José Sarney, que deu a oportunidade para a Rádio ser instalada, e a Fernando César Mesquita, jornalista que iniciou o processo [de criação da emissora]. Eu estou muito feliz e muito orgulhoso por presidir o Senado neste momento em que a Rádio Senado completa 20 anos de dedicação à informação e de dedicação ao público. As pessoas que fazem parte dos meios de comunicação desta casa deram a todos nós a oportunidade de chegar nos mais longínquos lugares. Esta comemoração é muito importante para a comunicação brasileira. Parabéns a todos que fazem a Rádio Senado”, disse.
Ao destacar a importância do rádio, Eunício recordou que, quando menino, seu pai reunia os filhos, primos e outros parentes para ouvir a Voz do Brasil. Lembrou ainda que, como ministro das Comunicações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, já previa a migração das emissoras AM para a frequência FM e a digitalização das rádios.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), aproveitando a deixa, solicitou ao presidente do Senado que crie condições financeiras e de recursos humanos para que a Rádio Senado seja digitalizada. Ela ressaltou “as duas décadas de comprometimento e seriedade da emissora e a sensibilidade para a transparência”.
O também radialista e senador Lasier Martins (PSD-RS) mencionou o requerimento de sua autoria e do senador Paulo Paim (PT-RS) para a realização de sessão especial em homenagem aos 20 anos da Rádio Senado. O primeiro-secretário do Senado, José Pimentel (PT-CE), elogiou o ex-diretor de Comunicação Social Fernando César Mesquita, que, a convite do então presidente José Sarney, promoveu a implantação dos veículos de comunicação da Casa, chamando-o de “teórico e ideólogo do processo”.
Pimentel mencionou ainda o pedido da diretora da Secretária de Comunicação Social (Secom), Virgínia Malheiros Galvez, em reunião com os senadores, para que “não se deixe cair a qualidade dos veículos, em especial a da Rádio, que faz 20 anos”. Em resposta, ele disse esperar que a nova Mesa Diretora mantenha a qualidade já existente e busque a melhoria futura dos veículos.
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a população do interior vê no rádio o meio para se conectar com o que acontece no país. “Sou de uma região em que o rádio é o veículo de comunicação que a gente tem. O rádio é algo fundamental para a vida do Parlamento e da atividade política. Quero assinalar o quanto é importante o trabalho que vocês fazem”, afirmou Viana dirigindo-se aos profissionais da emissora.
Revolução
O ex-diretor da Secretaria de Comunicação Social Fernando César Mesquita afirmou que a rádio simbolizou uma revolução na comunicação do Poder Legislativo, “com suas centenas de projetos e discursos importantes sobre a vida do país e do mundo”, numa época em que a grande mídia só falava do Parlamento e dos senadores de modo negativo, cujo trabalho as pessoas não acompanhavam por total desconhecimento.
A diretora da Secom, Virgínia Malheiros Galvez, destacou o trabalho integrado dos veículos de comunicação do Senado, que garante uma cobertura homogênea das atividades legislativas com otimização de recursos humanos e materiais.
“É uma só manchete, é uma só pauta, porque o Senado é um só. E o cidadão precisa entender isso de forma muito clara. Essa é uma construção coletiva de todos os dias do nosso trabalho”, defendeu.
O diretor da Rádio, Ivan Godoy, disse que a emissora contribui para mostrar o trabalho do Senado e dos senadores. “A comunicação do Senado sempre teve a compreensão de muitos senadores, desde a sua inauguração. Hoje, a rede abrange dez capitais e boa parte do Brasil”, salientou.
Rádio Congresso
Ao discorrer sobre o período que antecedeu a criação da Rádio Senado, o primeiro diretor da emissora, Sílvio Hauagen, lembrou que em 1963 a Mesa Diretora da Casa já havia feito a previsão de implantação de uma emissora legislativa, a Rádio Congresso. “O regime militar abafou a iniciativa. A inauguração da rádio em 1997 representa o resgate de 34 anos. A Rádio Senado foi uma iniciativa de todas as áreas da Casa. Todos torciam pela sua criação”, recordou o ex-diretor.
O diretor da Coordenação de Telecomunicações (Cootele), Narciso Mori Júnior, era, à época da implantação da emissora, diretor da então Secretaria de Telecomunicações (STEL). Ele mencionou o curto prazo de seis meses para a implantação da rádio e o auxílio de poucos técnicos para a instalação provisória em um estúdio da Voz do Brasil. “Todos os projetos de eletrônica, e havia orçamento para isso, caíram sob minha responsabilidade. Até chegarem equipamentos do exterior, compramos alguns de uma emissora da Paraíba”, disse, ao relatar a criação da Rádio e da TV Senado.
Exposição dos 20 anos da Rádio Senado
Ao longo da Senado Galeria, cinco painéis contam a trajetória da Rádio Senado de 1997 a 2017. O espaço Ivandro Cunha Lima, que fica ao lado, serve para interatividade com o público. Essa foi a organização dada à exposição Rádio Senado 20 Anos, inaugurada no início da noite desta terça-feira (7) e que poderá ser vista até 17 de março. A curadoria da mostra ficou a cargo do coordenador-geral da emissora, Vladimir Spinoza, da coordenadora de Redação, Leila Heredia, e da chefe do Serviço de Produção, Renina Valejo.
Com informações da Agência Senado
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