Na contramão da movimentação da audiência nos principais centros brasileiros (onde o FM apresentou crescimento nos últimos anos, principalmente com o acréscimo da medição via internet – influenciando os universos FM/AM e WEB), o rádio perdeu participação no “bolo” do investimento em mídia, valores que equivalem a R$ 129,9 bilhões em 2016, segundo o Kantar Ibope Media. No geral, o investimento em mídia não viu alterações significativas nos valores de 2015, mesmo com a crise econômica que atinge o país.
O rádio foi de 5.173.378 entre janeiro e dezembro de 2015 para 4.849.977 entre janeiro e dezembro de 2016, valores em reais. Isso fez com que o meio recuasse de 3,9% de participação no total do bolo publicitário para 3,8%, ficando bem atrás de formatos de mídia como TV Aberta (55,1% do total), TV por Assinatura (12,6%), Jornal (11,7%) e TV Merchandising (6,1%). Dos cinco primeiros em investimentos publicitários, apenas o Rádio e o Jornal viram suas participações diminuírem entre 2015 e 2016.
No caso do rádio o efeito negativo pode estar ligado à crise econômica, já que o meio FM não viu uma variação negativa que justificasse a oscilação na receita, com vários mercados importantes apresentando crescimento em seus universos de ouvintes. A partir de janeiro de 2016, o meio contou a nova metodologia da pesquisa realizada pelo Kantar Ibope Media, onde 20% das entrevistas passaram a ser realizadas pela internet, o que também ampliou o universo de ouvintes que acompanham o meio de forma on-line (streaming).
Porém, a crise não parece ter afetado de forma significativa o interesse em mídia no país. “Mesmo com a desaceleração da economia, os investimentos em mídia se mantiveram praticamente nos mesmos patamares do ano anterior”, comenta Rita Romero, diretora executiva do Monitor do Kantar Ibope Media. O montante é 1,6% inferior ao acumulado em 2015.
Entre os meios, a TV (aberta, paga e merchandising) segue como principal destino das verbas de mídia, atraindo mais da metade do total aplicado em compra de espaço publicitário. A TV aberta acumulou no período o equivalente a R$ 71,6 bilhões, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior. A TV paga, com R$ 16,4 bilhões arrecadados, avançou 8,9%, e o merchandising, com R$ 7,9 bilhões, registrou o maior crescimento 14,5%.
Com informações do Kantar Ibope Media