A Rádio Nacional AM 980 de Brasília completou 59 anos no ar nesta quarta-feira (31). A emissora teve uma programação especial com a participação de historiadores, comunicadores, políticos e artistas que falaram sobre a relação da emissora com suas trajetórias e as contribuições da rádio para a cidade. Além disso, houve a inauguração da exposição que mostra o estúdio da emissora entre os anos 70 e 80.
A festa também contou com a inauguração da exposição “A Voz do Coração do Brasil”, com a recriação de um estúdio da Rádio Nacional dos anos 1970/1980. A exposição mobilizou várias áreas da EBC, que, desde o início deste ano, trabalharam em pesquisas, buscas e recuperação da história da emissora e restauração de equipamentos da época. A recriação do estúdio é a execução da primeira etapa do projeto, que integra o plano de trabalho de 2017 da Gerência Executiva de Comunicação, de montar na sede da EBC uma exposição permanente para contar a história dos veículos que formam a Empresa.
No dia da celebração, a partir das 8h, a homenagem começou com os apresentadores Valter Lima, Miguelzinho Martins, Marcelo Ferreira, Andhrea Tavares, André Luiz Mendes, Bruno Mendes e Mara Régia. A EBC recebeu um grupo de 40 estudantes do Ensino Médio do Centro Educacional 01 do Cruzeiro Velho, além de convidados e ouvintes. Os historiadores, escritores e jornalistas Ronaldo Costa Couto e Adirson Vasconcelos falaram sobre a relação entre Brasília e a Rádio Nacional.
Às 9h, houve a participação, no estúdio, de um dos funcionários mais antigos da Rádio Nacional: Ivo Villela. Desde 1957 na emissora, Villela trabalha atualmente como técnico de manutenção no Parque de Transmissões de Alta Potência do Rodeador. “Como técnico, ajudei na montagem e manutenção da Rádio”, recorda. Ele vai falar sobre o que vivenciou nas quase seis décadas de serviços prestados à comunicação pública. Além de Ivo, Francisco Nunes, ex-funcionário que esteve na primeira equipe da Central do Ouvinte, contará ao vivo como foi a experiência de trabalhar fazendo a ponte entre público e apresentadores da Nacional.
Às 11h, a rádio entrevistou o Secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, que contou como a emissora contribuiu para fomentar a produção e a cultura popular na cidade. Ele também recordou a trajetória da irmã, Bia Reis, radialista na emissora durante 22 anos e falecida em 2012. Durante esse tempo, Bia esteve à frente dos programas Memória Musical e Projeto Brasília e fez entrevistas com grandes personalidades como Chico Buarque, Tom Jobim e Grande Otelo.
A Rádio Nacional de Brasília foi inaugurada no dia 31 de maio de 1958, quando a cidade ainda estava em construção, iniciando as transmissões como forma de apoio à nova capital do país. A emissora era um dos principais meios de comunicação dos primeiros candangos. A partir da inauguração da capital, a emissora passou a funcionar no Setor de Rádio e TV, na quadra 701 sul. Logo no início, também começou a entrar em rede com a já veterana Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Nas décadas seguintes, a emissora conquistou a respeitabilidade de uma grande prestadora de serviços para a população, em especial em Brasília e nas cidades do entorno do Distrito Federal. De lá para cá, a Nacional tornou-se a geradora do sinal da Voz do Brasil, em 1989. As transmissões via satélite começaram na década de 1990, quando a Nacional foi responsável pela transmissão da Copa do Mundo de 1994. A emissora foi a primeira a implantar um serviço 0800, em 1997, além de ter realizado a cobertura e transmissão da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, realizadas no Brasil.
Com informações da EBC
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