Após um período de ostracismo, a digitalização do rádio voltou a ganhar força. O assunto foi tratado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, durante seu pronunciamento na cerimônia de assinatura dos atos de migração de 45 rádios que foi realizado nesta segunda-feira (5) em Curitiba. Segundo o ministro, a digitalização é uma reivindicação da AERP, que organizou o evento.
Durante a cerimônia de migração das rádios AM para FM do Paraná, no Palácio Iguaçu, em Curitiba, o ministro disse que também é seu compromisso iniciar o processo de digitalização das rádios. Durante seu pronunciamento, Kassab fez questão de ressaltar que esta é uma reivindicação da Aerp e dos radiodifusores e será o próximo passo na modernização da radiodifusão.
Segundo Kassab, a criação de condições para a digitalização do sinal de emissoras já está sendo estruturada no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ele destacou ainda a desburocratização e lembrou que a Secretaria de Radiodifusão já reduziu de 85 mil para 50 mil o número de processos referentes a emissoras. Citou ainda que, em breve, será editado decreto presidencial reduzindo de 28 para 4 o número de documentos necessários para registro das emissoras.
A digitalização do rádio também foi citada pelo presidente da Aerp, Alexandre Barros, como mais uma importante etapa para colocar o rádio em um novo patamar, disputando as maiores verbas dos anunciantes. Segundo ele, o processo de digitalização do rádio trará inúmeros impactos como a melhora da qualidade de áudio e a multiprogramação no mesmo canal.
A assunto deixou de ser pauta dos debates em 2013, quando houve a análise dos testes feitos por dois padrões de digitalização: o HD Rádio (norte-americano) e o DRM (europeu). Os testes foram considerados insuficientes, tendo em vista o problema da cobertura (nos testes, o alcance do sistema digital mostrou-se inferior à do analógico).
Com informações da AERP
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