A migração de rádios AM para FM contribui para ampliar a oferta de empregos e impulsionar os investimentos, avaliou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, nesta segunda-feira (24) durante cerimônia realizada em Campo Grande (MS). É o oitavo mutirão de migração realizado pelo governo federal. No evento, 36 emissoras de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul assinaram os termos aditivos de adaptação das outorgas.
"Essa iniciativa tem como resultado imediato, em primeiro lugar, a diminuição do custeio das rádios. Com isso, podem contratar mais pessoas e pagar melhor seus funcionários e investir em qualidade, levando mais notícias atualizadas e entretenimento à população", afirmou Kassab, acrescentando que o objetivo da sua gestão é melhorar ainda mais a qualidade dos serviços de radiodifusão.
"O legado que queremos deixar na nossa gestão é um Brasil melhor do ponto de vista da radiodifusão. Em breve teremos aqui na região o desligamento do sinal de TV analógico, que ocorrerá em novembro de 2018. Em todo o país teremos o encerramento do sinal analógico e a chegada da TV 100% digital, numa transformação notável de qualidade. E vamos abrir o caminho para mais qualidade na operação da telefonia celular. A migração de hoje é apenas uma dentre muitas iniciativas que estamos promovendo para desburocratizar, modernizar e facilitar a vida de todos vocês", disse.
Para o presidente da Associação de Emissoras de Radiodifusão do Mato Grosso Sul (Aerms), Rosário Neto, a migração abre novas oportunidades de emprego para a região. "Acreditamos que, aqui no Mato Grosso do Sul, 600 empregos aproximadamente serão gerados".
Modernização do serviço
Em cada mutirão promovido pelo MCTIC, são assinados os termos aditivos de adaptação das outorgas, um dos últimos passos do processo de mudança. Depois disso, as rádios devem apresentar um projeto técnico de instalação da FM à Secretaria de Radiodifusão e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a autorização de uso da frequência. A partir da liberação, os veículos já podem começar a transmitir a programação na nova faixa.
A mudança é uma reivindicação das emissoras AM de todo o país, que sofrem com a perda de qualidade do sinal, de audiência e de faturamento. Ao migrar sua operação para a faixa FM, as rádios também podem ser sintonizadas em dispositivos móveis, como tablets e smartphones, o que garante a continuidade e a modernização do serviço.
O mutirão do MCTIC já foi a Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, São Paulo e Paraíba. Das 1.781 rádios AM do país, quase 1.500 solicitaram a migração. Nesta primeira etapa, cerca de 960 emissoras poderão operar na faixa atual de FM, de 88 Mega-hertz (MHz) a 108 MHz. As demais candidatas terão que esperar a conclusão do processo de digitalização da TV, responsável por liberar espaço para todas as rádios que desejem fazer a mudança.
Com informações do MCTIC
Tags:
Rádio, migração, Campo Grande, MCTIC, Brasília