O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, definiu 2020 como prazo para que o MCTIC consiga migrar todas as rádios que operam na faixa AM para a modulação FM. Durante o mutirão de migração de emissoras em Belém (PA), ele destacou que a mudança será benéfica para toda o setor.
“O nosso objetivo é fazer com que o Brasil conte, até 2020, com todas as emissoras operando no modelo FM. É mais eficiente, é mais barato o custeio, a qualidade do áudio é muito melhor. Com isso, os profissionais podem receber melhores salários, a emissora, com o que economiza de recursos, pode investir em melhores programações. Ganha em qualidade a radiodifusão e, portanto, o Brasil”, afirmou.
Até o fim de 2017, o MCTIC pretende completar o processo de migração para cerca de mil emissoras AM. Das 1.781 rádios AM do Brasil, 1,5 mil solicitaram a mudança. Nesta primeira etapa, os veículos poderão operar na faixa atual de FM, de 88 FM a 108 FM. As demais candidatas terão que esperar a conclusão do processo de digitalização da televisão, que vai liberar espaço para a modificação.
O mutirão em Belém beneficiou três entidades: a Amazônia Comunicação e Radiodifusão Ltda, de Gurupá (PA); a Santarém Rádio e TV Ltda, de Satarém (PA); e a Rádio Moreno Braga, de Vigia (PA). Ao todo, 41 emissoras AM do estado solicitaram ao MCTIC a migração. “A migração é um anseio antigo dos radiodifusores AM, perdendo em qualidade tecnológica e também em competitividade com as faixas FM. Cerca de 80% dos ouvintes estão na faixa FM, o que abre uma enorme distância para a faixa AM. As rádios AM enfrentam mercados muito competitivos, ficando em grande desvantagem, perdendo em anunciantes e em publicidade. Por isso, essa migração é tão importante”, destacou o presidente da Associação Paraense de Emissoras de Rádio e Televisão (Apert), Nilton Senna.
O Pará é 12º estado brasileiro a participar do mutirão de migração, que já havia contemplado Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pernambuco.
Com informações do MCTIC
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