Segunda-Feira, 08 de Janeiro de 2018 @ 09:22
Rio de Janeiro – Corpo de Cony será cremado no Memorial do Carmo, no Rio, na tarde desta terça-feira (9)
O jornalista, escritor e comentarista da CBN FM 92.5 AM 860 do Rio de Janeiro e CBN FM 90.5 AM 780 de São Paulo, Carlos Heitor Cony, morreu na noite desta sexta-feira (5), aos 91 anos, de falência de múltiplos órgãos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, que confirmou o horário da morte às 23h10. Ocupante da cadeira de número três Academia Brasileira de Letras (ABL) desde maio 2000, Cony também era colunista da Folha de S.Paulo.
Jornalista, escritor e comentarista da CBN estava internado devido a problemas no intestino. Ele foi o quinto ocupante da cadeira de número 3 da ABL. Seu romance mais famoso, 'Quase Memória', foi publicado em 1995. Cony morreu na noite de sexta-feira.
Cony publicou 17 romances, mas sua obra também se divide em contos, crônicas, ensaios e peças de teatro. A estreia na literatura aconteceu com “O Ventre”, de 1958, seguido de “A Verdade de Cada Dia” e “Tijolo de Segurança”. Também foi o autor de “Quase Memória”, que vendeu mais de 400 mil cópias, e “O Piano e a Orquestra”, obras que renderam a ele o Prêmio Jabuti.
"Ele sempre dizia que a expectativa dele era pelo bom dia". Assim o jornalista Milton Jung, apresentador da rádio CBN, resumiu o prazer de Carlos Heitor Cony, que faleceu neste sábado aos 91 anos, em participar do quadro “Liberdade de Expressão”, veiculado às sextas-feiras, dentro do jornal da CBN 1ª edição. Com pitadas de deboche, referências históricas e citações bíblicas, Cony falou sobre temas do cotidiano aos ouvintes da emissora nos últimos 16 anos, ao lado do colega Artur Xexéo e do âncora da CBN, que se "intrometia na conversa". Mesmo com a saúde fragilizada, Cony participou do quadro até 22 de dezembro, quatro dias antes de ser internado.