Sexta-Feira, 02 de Fevereiro de 2018 @ 16:59
São Paulo – Plebiscito que vai tratar do assunto será em março
Segundo a primeira pesquisa de opinião do instituto Gfs.Bern, a iniciativa "No Billag" (que visa acabar com a taxa paga para se ouvir rádio e ver TV na Suiça) deverá ser rechaçada nas urnas no plebiscito de 4 de março de 2018. A maioria dos eleitores é contra a proposta, cuja aprovação teria por consequência a supressão da taxa que financia o serviço público de mídia do país.
Realizada a pedido da Sociedade Suíça de Radiodifusão e Televisão (SRG SSR), a pesquisa de opinião do instituto Gfs.Bern indica que 60% dos entrevistados votariam "não" e 38% "sim" à iniciativa que põe fim à cobrança da taxa de rádio e televisão (também chamada “No Billag”, em alusão à empresa que antes fazia a cobrança dos lares).
A pouco mais de um mês, a proporção de eleitores indecisos é baixa: 2%. Além disso, 74% dos eleitores declaram estar seguros da sua posição. A formação de opinião é considerada avançada, o que "limita as possibilidades de uma reviravolta da opinião nas próximas semanas", indicam os pesquisadores.
O apoio ao fim da taxa aumenta à medida que os eleitores pendem à direita. Já os simpatizantes do Partido Verde e do Partido Socialista rejeitam a proposta com uma grande maioria: respectivamente 88% e 79%. No espectro político dos partidos de centro, o grupo do "não" é majoritário com 73% para os simpatizantes do Partido Democrata-Cristão e 68%, do Partido Liberal.
O grupo mais favorável à iniciativa "No Billag" encontra-se entre os partidários da União Democrática do Centro (UDC, direita conservadora): 66%. Os jovens eleitores (entre 18 e 30 anos), qualificados pelos pesquisadores de "geração Netflix", representam o único grupo etário favorável à iniciativa ao fim da taxa: 51%.
O principal argumento dos defensores da iniciativa é afirmar que a SSR, a empresa pública de rádio e televisão da Suíça, se tornou demasiadamente grande e que deve economizar. Para os adversários, a proposta de suprimir a taxa de rádio e televisão provocará uma redução drástica da oferta de mídia no país.
Com informações da swissinfo.ch
Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.