MP gaúcho vai se reunir com diretoria do Internacional após agressão de torcedores contra repórter da Rádio Guaíba

O Ministério Público do Rio Grande do Sul vai se reunir na próxima quarta-feira (18) com a diretoria do Sport Club Internacional para tratar do episódio em que torcedores agrediram a repórter Laura Gross, da Rádio Guaíba FM 101.3 AM 720 de Porto Alegre, após a partida entre Internacional e Atlético Mineiro, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Além da agressão à jornalista, os torcedores ainda depredaram o carro da emissora, que ficou com o vidro traseiro destruído.

A agressão ocorreu cerca de 1h30 após o encerramento da partida. Segundo informações, a jornalista flagrou uma briga entre torcedores das duas equipes em frente a um semáforo e parou para filmar. Ao perceber que estavam sendo filmados, os torcedores abordaram a repórter e a empurraram. Com a queda do seu celular, outro agressor chutou o aparelho. Em seguida, arremessaram objetos contra o vidro traseiro do veículo da rádio, que acabou quebrado.

A jornalista registrou Boletim de Ocorrência após o fato, mas afirmou ao Coletiva.net que não sabe se vai processar o agressor. "Espero que o Ministério Público puna todos que participaram dessa barbaridade", afirmou.

Em nota, assinada pelo presidente Alex Bagé, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg) repudiou a situação e manifestou apoio à repórter. A ACEG se solidarizou com a jornalista Laura Gross e com a Rádio Guaíba. A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) também emitiu nota de repúdio sobre a situação, assinada por Luiz Adolfo Lino de Souza, presidente, e Batista Filho, presidente do Conselho Deliberativo.

O promotor do Torcedor do Ministério Público, Rodrigo Brandalise, lamentou a agressão sofrida pela repórter Laura Gross. No próximo dia 18, o órgão se reúne com o Inter sobre possibilidade de reposicionamento da torcida. "Precisamos caminhar e evoluir por questões de segurança. Isso diz respeito, também, ao entorno do estádio. Nos preocupa muito o que aconteceu ontem, independentemente de serem de organizadas ou não. Isso afetou uma profissional no exercício do seu trabalho, que foi a Laura Gross. Nada demonstrou, no ambiente do estádio, que isso tudo poderia acontecer", concluiu.

Com informações do Coletiva.net e Correio do Povo