Quinta-Feira, 03 de Setembro de 2020 @ 07:31
São Paulo - Pesquisa é relacionada ao mercado dos Estados Unidos e mostra um avanço positivo na relação entre o ouvinte e as estações durante a pandemia do novo coronavírus
Uma pesquisa conduzida pela Engagement Labs apontou que a confiança dos ouvintes no rádio cresceu, enquanto as mídias sociais se tornaram menos confiáveis. O estudo foi conduzido a pedido da iHeartMedia, maior grupo de emissoras de rádio dos Estados Unidos e é relacionado ao ano passado. A pesquisa conta com ouvintes de idades entre 18 e 69 anos, com 79% dos entrevistados afirmando que "o rádio é mais ou tão confiável em comparação com um ano atrás, enquanto a mídia social era 50% menos confiável durante o mesmo período".
O estudo da empresa de dados e análises Engagement Labs também apontou que os entrevistados responderam que confiam mais no rádio do que na televisão ou nas redes sociais. Esses dados foram divulgados na abertura da conferência virtual da ANA State Of Audio Today.
Segundo o levantamento, o sentimento de confiança entre os ouvintes de rádio no Facebook, Instagram e Twitter despencou nos últimos meses. Para se ter ideia desse volume de variação negativa, o Facebook caiu 56%, o Instagram 38% e o Twitter 140 %, segundo a Engagement Labs.
Já o rádio, 75% confiam nas emissoras AM/FM, enquanto 66% responderam que também confiam na televisão, 57% em sites e portais de internet, 38% no Twitter e 37% no Facebook.
Segundo o comunicado à imprensa que revelou o estudo, os entrevistados afirmaram que ouvir rádio e seus comunicadores (indicados como personalidades pelos norte-americanos) no ar ajuda a "se sentirem menos isolados e mais conectados à sua comunidade, especialmente com as diretrizes atuais de distanciamento social", revelando uma relação dessa comportamento de confiança com a pandemia do novo coronavírus
"A pandemia tornou mais importante do que nunca para os americanos obter informações em que confiam e encontrar maneiras de se conectar com as pessoas - e essas descobertas mostram que o rádio continua a oferecer uma companhia de confiança muito necessária e procurada durante este período histórico e tempo incerto", disse Gayle Troberman, diretora de marketing da iHeartMedia, em reportagem ao portal Inside Radio.
Troberman afirma também que há uma preocupação das estações no lado social que o rádio desempenha. "Na iHeart, não é apenas importante alcançar nove entre dez americanos, mas continuar a oferecer uma abordagem humanitária à programação em nossas mais de 850 estações em mais de 160 mercados, que fornece aos nossos ouvintes a informação e a experiência de escuta eles desejam e confiam, especialmente durante estes tempos incertos em que vivemos", completa o executivo.
O rádio ajuda em mudanças positivas do humor
A análise feita pela Engagement Labs também apontou que a grande maioria dos entrevistados, que são ouvintes de rádio, indicou que acompanhar as suas estações melhoram o seu humor, ajudando a se sentirem menos isolados e mais conectados com a sua comunidade, algo que também reforça o papel de atuação local do meio.
Outro ponto importante é que mais de três quartos dos entrevistados (77%) confiam nas informações que recebem de seus comunicadores favoritos.
A pesquisa também revelou que "ouvintes intensos de rádio exercem grande poder de propaganda boca a boca para anunciantes, tendo mais conversas sobre a marca e mais influência do que usuários intensivos de internet e telespectadores", releva a reportagem veiculada pelo portal Inside Radio.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 a 29 de julho, com ouvintes de rádio de 18 a 69 anos dos Estados Unidos. Os resultados também contam com dados do Engagement Labs TotalSocial, em campo de julho de 2019 a julho de 2020.
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Com informações da iHeartMedia e do portal Inside Radio
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.