Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2009 @ 13:51
São Paulo – Emissoras tradicionais que optaram por um espaço em FM colhem bons frutos
Nos últimos anos, várias emissoras tradicionais que operam em AM buscaram um espaço no dial FM. Essa pratica visa fortalecer a marca dessas rádios já consagradas, além de disponibilizar mais um meio para que o ouvinte tenha acesso à programação dessas rádios. Tem emissora AM que já possui uma quantidade superior de ouvintes em FM em vez de sua faixa original.
A CBN FM 90.5 de São Paulo supera de longe a audiência mantida pela rádio em AM 780. Enquanto a audiência na faixa AM cai, a estação em FM tem obtido um crescimento nas últimas pesquisas de audiência do Instituto Ibope. Mas essa situação não é uma regra. A Bandeirantes AM 840 continua superior em relação à audiência quando comparada com sua faixa FM em 90.9.
No ano passado foi a vez da Gaúcha AM 600 estrear em FM, através da estação 93.7 FM. O resultado foi positivo, levando a emissora ao 10º lugar geral de audiência, superando várias FMs tradicionais de Porto Alegre. Em 2009 foi a vez da Super Tupi AM 1280 estrear em 96.5 FM, também crescendo rapidamente em audiência no Rio de Janeiro.
Talvez o maior exemplo de sucesso nas duas faixas de operação seja da mineira Itatiaia FM 95.7 e AM 610. A rádio possui uma audiência impressionante no mercado de frequência modulada, estando em 4º geral em um mercado com mais de 20 emissoras.
Não é obrigatório que para uma rádio tradicional AM migre para o FM com a finalidade de sobreviver. Várias estações continuam fortes na faixa AM, seja nos grandes centros como também no interior do país.
Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.