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Quão importante é para uma estação de rádio FM ter o serviço de RDS ativo, que exibe o nome da estação e outras informações sobre a rádio?

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Segunda-Feira, 16 de Outubro de 2023 @ 06:59

O Rádio Hoje | O rádio em resposta a emergências: casos do Brasil e do mundo

São Paulo - Eventos climáticos extremos têm sido cada vez mais frequentes, e a população vê no rádio uma fonte vital de informações para prevenção e enfrentamento a catástrofes

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Recentemente, a imprensa norte-americana especializada em rádio destacou a importância vital do rádio como recurso de segurança pública durante desastres naturais. Este debate foi motivado após os recentes incêndios florestais em Maui e o furacão Idalia na Flórida. Infelizmente, casos extremos nas condições climáticas estão virando rotina em todo o planeta, e o Brasil não está imune a isso. Neste mês de outubro, o país enfrenta dois casos graves: chuvas intensas no Sul e seca recorde na região amazônica. E o rádio é, novamente, um elemento poderoso de informação para a população.

Inicialmente, a maior importância do rádio é percebida quando outras formas de comunicação, como a internet e a telefonia celular, falham — algo comum nessas situações extremas. Porém, as estações não têm sua relevância destacada apenas quando outros serviços ficam ausentes. Devido à sua agilidade e ao conhecimento local da comunidade onde está inserido, o rádio torna-se uma fonte confiável e rápida de informações relevantes, que podem evitar transtornos e até salvar vidas.

Esse tem sido o papel do rádio em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, estados com situações ativas desde setembro, bem como em outros eventos extremos, como as chuvas que afetaram severamente o litoral norte paulista no início do ano. Rapidamente, as estações das regiões atingidas suspendem suas programações, veiculam conteúdo curado sobre a situação atual e criam uma rede confiável de troca de informações com sua audiência, que, graças à grande penetração local do rádio, abrange uma ampla área.


Equipe do GCD (Amanda FM, Jovem Pan News e Jovem Pan FM) em plantão especial durante as chuvas que atingem SC. Na foto é possível ver a cidade de Rio do Sul alagada ao fundo / crédito: GDC

Segundo Fernando Morgado, consultor ouvido pelo tudoradio.com, o rádio sempre desempenhou um papel histórico vital durante catástrofes naturais. “Quando olhamos para eventos recentes, como os que ocorreram no Rio Grande do Sul ou os frequentes desastres em Santa Catarina, percebemos o papel crucial das emissoras de rádio. Elas não apenas informam, mas também organizam campanhas de coleta de donativos para ajudar as vítimas a reconstruir suas vidas”, lembra Morgado.

Fernando também lembra que além de seu papel em crises, o rádio se destaca por sua simplicidade, tanto na produção quanto no consumo. “Diferentemente da televisão, que exige recursos e equipamentos caríssimos, o rádio pode ser produzido e consumido com facilidade. Está presente na maioria dos dispositivos eletrônicos atuais, tornando seu acesso amplo e democrático. Um fato importante a ser destacado é que para consumir informações via rádio, não é necessário ser alfabetizado”, destaca o consultor.

Em todos os eventos, várias emissoras se preparam antecipadamente para essa cobertura especial e começam a prestar serviços à população, com o objetivo de preparar a comunidade local para eventuais consequências. Equipes de rádio se organizam para fornecer informações vitais, mesmo que isso signifique permanecer na estação por vários dias, como foi observado durante a passagem do furacão Ida nos EUA e as enchentes no sul do Brasil.

Em contato com o tudoradio.com, Jailson Angeli, diretor de um grupo com rádios em Rio do Sul e Jaraguá do Sul (SC), relatou que suas equipes estão há mais de uma semana ao vivo nas rádios 93,3 FM 93.3 e Rádio Mirador FM 98.5, prestando serviço à população. “Colocamos autoridades no ar para fornecer informações sobre a situação e contamos com a indispensável ajuda dos ouvintes, que nos fornecem detalhes sobre as chuvas em nossa região. Nossas equipes também atuam no Alto Vale e em outras regiões do estado, como Jaraguá do Sul, acompanhando minuto a minuto a situação. E, claro, também usamos a internet para lives informativas, em apoio à programação das rádios”, declara. “Onde há um rádio ligado, não há solidão. Estamos com a população nesse difícil momento”, finaliza o gestor.

Outro importante grupo catarinense, o GCD, esteve mais uma vez mobilizado para auxiliar a comunidade coberta por suas emissoras. "É no cenário de adversidades que o rádio mostra o seu diferencial e renova a confiança do público. No dial e nas plataformas do grupo, em áudio e vídeo, levamos informações qualificadas à audiência para contribuir e auxiliar na tomada de decisão. Seja no radinho ou através de dispositivos modernos, uma coisa é certa: o rádio segue sendo um veículo de comunicação valioso e confiável de nossas vidas. Afinal, não é apenas uma voz no ar, é uma conexão que se mantém forte ao longo do tempo. Seguimos com o intuito de informar, entreter e inspirar.”, afirma Humberto Andrade, diretor executivo do Grupo de Comunicação Difusora, composto por Amanda FM 101.5, Jovem Pan FM 92.3 e Jovem Pan News FM 93.9, todas em Rio do Sul (SC).

“Mais do que uma fonte de informação, o rádio oferece conforto e esperança àqueles que enfrentam adversidades, seja pela perda de entes queridos ou de seus bens. Em momentos tão difíceis, o rádio torna-se um pilar emocional e prático para as comunidades, auxiliando na reconstrução das cidades e na promoção de campanhas solidárias”, destaca Fernando Morgado. 

Em reportagem do norte-americano Inside Rádio sobre os recentes desastres climáticos nos EUA, Steve Gregory, jornalista premiado, destaca a necessidade do rádio para fornecer informações rápidas e confiáveis, especialmente quando as comunicações oficiais são escassas ou não confiáveis. Além de ser uma fonte de informação, o rádio oferece uma voz amiga e reconfortante em tempos de crise. A capacidade do rádio de permanecer no ar, mesmo quando outras formas de comunicação falham, ressalta sua importância vital.

Nos Estados Unidos, o rádio também é um instrumento crucial na prevenção de desastres, com o envio de avisos sonoros e mensagens de texto via RDS, independentemente da programação atual. Esse modelo está em discussão em São Paulo, após as chuvas que afetaram o litoral norte paulista, onde as rádios locais foram essenciais na disseminação de informações.

“Após os eventos de São Sebastião no Carnaval, retomamos o tema junto ao Ministério dos Comunicações e Anatel. Estamos trabalhando para ampliar e regionalizar a cobertura desses avisos, usando as emissoras em FM, baseando-nos no CEP dos usuários.Quero lembrar à população que já existe o serviço SMS da Defesa Civil, onde, cadastrando o CEP pelo número 40199, recebem-se alertas locais e nacionais. Nos EUA, similarmente, há sistemas que fazem a difusão e a checagem desses avisos para garantir sua autenticidade”, informa Eduardo Cappia, engenheiro do EMC, integrante da SET e AESP.

Cappia lembra que recentemente, nos EUA, houve um disparo de treinamento de emergência em 4 de outubro, e no Brasil, teremos o Seabra mais ativo a partir de janeiro, de acordo com o engenheiro. “Com a Lei 17.758, acionada em 22 de setembro, há uma determinação para o repasse imediato dos avisos de emergência à radiodifusão regional e local. Nossa intenção é minimizar perdas e dar tempo para as pessoas se prepararem diante de emergências. É crucial que a população confie e fique atenta a esses avisos, compartilhando informações confiáveis”, informa Eduardo.


Sede do GCD (Amanda FM, Jovem Pan News e Jovem Pan FM) e parte do alagamento na cidade de Rio do Sul (SC) / crédito: GDC

E em eventos graves à distância?

Situações graves em locais distantes, como guerras em andamento em outros países, também recebem atenção especial das estações de rádio. O ataque terrorista do Hamas em território israelense e a consequente declaração de guerra, com suas implicações regionais e globais, também tiveram ampla cobertura nas estações brasileiras, sobretudo nas de formato “all-news”.

“O rádio desempenha um papel crucial para a humanidade, especialmente quando se trata de credibilidade. É reconhecido globalmente como um meio de comunicação no qual as pessoas podem confiar. Essa confiabilidade torna-se ainda mais vital em situações de guerra, onde a informação recebida pode influenciar decisões críticas relacionadas à sobrevivência do indivíduo e de suas famílias”, diz Fernando Morgado ao tudoradio.com.

Esta cobertura à distância serve não só para contextualizar a situação, mas também para prestar serviços à população, desde buscar brasileiros afetados de alguma forma pela situação, fornecer orientações sobre repatriação, realizar entrevistas esclarecedoras e verificar a veracidade das informações que circulam nas redes sobre o conflito, entre outras iniciativas vitais.

E o meio também tem papel fundamental no local desses acontecimentos, caso das estações de rádio em Israel. “Relatos recentes de Israel ressaltam como a população tem acompanhado intensamente as informações transmitidas não apenas pela televisão, mas também pelo rádio, que desempenha um papel significativo no país. Com base nessas informações, as pessoas podem tomar decisões que afetam diretamente suas realidades e as de suas comunidades, permitindo-lhes proteger-se e defender-se em um cenário tão adverso”, diz Fernando.

Fernando Morgado também afirma ao tudoradio.com que o rádio sempre teve um papel fundamental em diversos aspectos da vida humana. Contudo, nos momentos mais críticos e decisivos, sua presença e relevância tornam-se ainda mais acentuadas, acredita o consultor.

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Tags: rádio, emergências, alertas, radiodifusão regional, catástrofes, preparação, confiabilidade, compartilhamento, informações

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Daniel Starck

Daniel Starck é jornalista, empresário e proprietário do tudoradio.com. Com 20 anos no ar, trata-se do maior portal brasileiro dedicado à radiodifusão. Formado em Comunicação Social pela PUC-PR. Teve passagens por rádios como CBN, Rádio Clube e Rádio Paraná. Atua como consultor e palestrante nas áreas artística e digital de rádio, tendo participado de eventos promovidos por associações de referência para o setor, como AESP, ACAERT, AERP e AMIRT. Também possui conhecimento na área de tecnologia, com ênfase em aplicativos, mídia programática, novos devices, sites e streaming.



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