Quarta-Feira, 28 de Agosto de 2024 @ 09:06
São Paulo - Veicular publicidade em conteúdos jornalísticos considerados "pesados" não é necessariamente prejudicial para as marcas anunciantes
Dados do estudo “The Future of News: Ad Adjacency Study”, realizado pela Stagwell e HarrisX e divulgado pela ThinkNewsBrands, investigaram o impacto da colocação de anúncios ao lado de notícias “duras” e “leves”. A pesquisa, que envolveu 50 mil adultos nos Estados Unidos, concluiu que a publicidade ao lado de notícias “duras” – como tópicos sobre Donald Trump, Oriente Médio, crime, Joe Biden e inflação – não afeta negativamente o desempenho das marcas. Ou seja, apesar do receio das empresas de anunciar ao lado de notícias por medo de associações negativas, esses temores parecem ser infundados.
O estudo revelou que a percepção média das marcas em anúncios próximos a notícias “duras” é de 67,2%, enquanto anúncios em notícias “leves”, como negócios, esportes e entretenimento, têm uma percepção ligeiramente superior, de 68,3%.
A análise detalhada incluiu métricas como confiabilidade, valor e qualidade, avaliadas em diferentes categorias de notícias. Por exemplo, o atributo “Se importa com os clientes” manteve uma percepção estável em todos os tipos de notícias, com variações mínimas entre as mais duras, como a cobertura do Oriente Médio, e as mais leves, como esportes ou negócios. Da mesma forma, a métrica “Confiável” apresentou uma pontuação consistente de cerca de 72% tanto em notícias “duras” quanto “leves”, indicando que o tipo de notícia, seja relacionada a crime ou esportes, não afeta significativamente a confiança pública nas marcas associadas.
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Mesmo em métricas como “Bom valor” e “Produtos de qualidade”, onde se poderia esperar flutuações maiores com base no contexto das notícias, os dados mostram apenas diferenças marginais.
O estudo também aponta que temas de notícias “duras”, como crime e inflação, ocasionalmente obtiveram pontuações mais altas nessas áreas em comparação com notícias politicamente carregadas sobre figuras como Trump ou Biden, sugerindo que conteúdos percebidos como mais factuais ou menos polarizadores podem ser ligeiramente mais favoráveis para a associação positiva das marcas.
Enquanto emissoras de rádio que veiculam notícias buscam por mais receitas para financiar os serviços essenciais que prestam às suas comunidades locais, esses dados indicam que as marcas poderiam alcançar um público maior ao não limitar seus anúncios a temas “seguros” como esportes e entretenimento, sugere o estudo.
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E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
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Com informações do portal Radio INK