USP realiza 1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas em São Paulo

A Universidade de São Paulo (USP) se prepara para sediar um evento relevante no campo da comunicação pública: o “1º Congresso Internacional de Emissoras Públicas”. Marcado para os dias 21 e 22 de maio, o encontro será realizado na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Cidade Universitária, em São Paulo, e promete ser um espaço privilegiado para o debate sobre o papel e os desafios das emissoras públicas no mundo contemporâneo. O evento conta com apoio da Rádio USP FM 93.7, Rádio Cultura FM 103.3 e Rádio Cultura Brasil FM 77.9 de São Paulo e da Rádio USP FM 107.9 de Ribeirão Preto (SP).

Promovido pela Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP, o evento conta com o apoio da Rádio e TV Cultura e da Rede Universitária de Rádios Brasileiras (Rubra). Ao todo, 21 convidados de diversas partes do mundo, entre mediadores e debatedores, estarão presentes para discutir questões fundamentais sobre o futuro da comunicação pública.

Com uma programação ampla e variada, o congresso se estruturará em cinco mesas temáticas, dois colóquios e uma seção destinada à apresentação de trabalhos acadêmicos. Entre os temas a serem discutidos, destacam-se comunicação pública, inteligência artificial, jornalismo, redes sociais e plataformas digitais, além de arte e entretenimento. Essa diversidade temática aponta para a tentativa de abranger diferentes aspectos da atuação das emissoras públicas e suas interações com o cenário digital e tecnológico atual.

A coordenação do evento está a cargo do professor Eugênio Bucci, da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) e superintendente de Comunicação Social da USP. A organização é conduzida por Verônica Poli, da SCS, e Gislene Nogueira, doutoranda e apresentadora do programa “O Universo das Emissoras Públicas”, transmitido pela Rádio USP de São Paulo e de Ribeirão Preto.

Fotomontagem reproduzida do Jornal da USP

Em entrevista, Gislene Nogueira destacou a relevância do congresso para ampliar o debate sobre comunicação pública no Brasil, ressaltando que a troca de experiências com profissionais de organizações de serviço público internacionais é essencial para reavaliar o modelo brasileiro. “Muitos desses países têm organizações públicas de rádio e televisão que atuam com independência do governo e do mercado. No Brasil, a escolha do modelo de radiodifusão predominantemente comercial tirou a população da discussão sobre emissoras públicas relevantes e independentes”, comentou ela.

A realização do congresso também estimula o intercâmbio acadêmico, incentivando a submissão de trabalhos que poderão ser apresentados durante o evento. Os resumos expandidos devem ser enviados até 6 de abril, com os aceites sendo divulgados até 25 de abril. Essa iniciativa visa fomentar a pesquisa e a reflexão crítica sobre temas relacionados à comunicação pública e suas interfaces com novas tecnologias e plataformas digitais.

Com informações da TV Cultura