Sábado, 23 de Agosto de 2025 @ 12:08
São Paulo - Painel realizado durante o SET Expo 2025 reúne representantes da Globo, SBT, Embrapii-Inatel e Informa Markets para discutir o futuro da televisão no Brasil com foco na integração entre TV aberta e redes 5G
O painel “TV 3.0 e 5G Broadcast – O Futuro Convergente da Conectividade” foi um dos destaques da manhã desta quinta-feira (21) durante o SET Expo 2025, evento considerado o maior da América Latina voltado à tecnologia e negócios da mídia e do entretenimento. A sessão abordou as transformações previstas para a televisão aberta no Brasil, especialmente com a integração entre a radiodifusão tradicional e as redes móveis. Moderado por Hermano Pinto, diretor da Informa Markets, o debate reuniu especialistas do setor e destacou a convergência entre broadcast e mobilidade, tema cada vez mais presente diante da expansão das redes 5G.
“O desafio não é apenas tecnológico, é de governança. Precisamos pensar em neutralidade, interoperabilidade e escalabilidade”, afirmou Henry Douglas Rodrigues, gerente executivo do xGMobile – Centro de Competência Embrapii-Inatel em Redes 5G e 6G. Segundo ele, enquanto a TV aberta ainda mantém 60% de penetração global, as redes móveis já alcançam 70% da população mundial.
Durante o painel, Ana Eliza Faria e Silva, gerente sênior do Regulatório de Tecnologia da Globo, reforçou o potencial da TV 3.0 em proporcionar uma experiência mais interativa ao público sem perder a gratuidade e a simplicidade do acesso. “O conceito da DTV+ permite que o público reconheça a marca e tenha acesso simples e seguro, unindo a televisão linear com novas possibilidades interativas”, destacou.
A relevância da programação linear tradicional também foi defendida por Alfonso Aurin, superintendente de Distribuição, Tecnologia e Serviços do SBT. “O brasileiro ainda valoriza hábitos antigos: assistir ao jornal no café da manhã ou ver o jogo no sofá. O desafio é oferecer inovação sem perder essa conexão afetiva com a audiência.”
Entre os temas técnicos abordados no painel estiveram o 5G Broadcast, ATSC 3.0 Mobile, APIs de rede e edge computing, tecnologias que apontam para um futuro em que a radiodifusão se integra de forma mais fluida ao ecossistema digital e móvel.
“Estamos diante de uma oportunidade única para unir dois mundos e criar escala, relevância e novas experiências para os telespectadores”, finalizou Henry Douglas.
Com informações da SET