Quinta-Feira, 28 de Agosto de 2025 @ 11:03
São Paulo - Número de alcance do meio apresenta estabilidade entre 2024 e 2025, segundo novo estudo Inside Audio da Kantar IBOPE Media
O rádio segue com seu alcance estável em patamar elevado no Brasil. É o que revela a nova edição do estudo especial “Inside Audio”, realizado pela Kantar IBOPE Media. Assim como ocorreu em 2024, o número de 2025 mostra que o rádio é consumido por 79% da população, considerando 13 grandes praças com medição mensal pela empresa. E o tempo de consumo, em época de disputa acirrada pela atenção das pessoas, segue alto, com 3h47 de escuta diária, de acordo com os dados mais recentes. E o maior alcance do rádio no Brasil segue na Grande Belo Horizonte, com 87% da população local ouvindo rádio mensalmente. Já o Rio de Janeiro possuí o maior tempo médio. Acompanhe os destaques:
O levantamento mostra que o áudio, em todos os seus formatos — rádio, streaming, podcasts ou apps —, está presente na vida dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 92% da população consumiu algum tipo de conteúdo em áudio nos últimos 30 dias, evidenciando que o som é mais do que mídia: é conexão, presença e performance. De acordo com o estudo da Kantar IBOPE Media, é importante integrar o áudio às estratégias de comunicação, destacando seu potencial de criar experiências imersivas, autênticas e memoráveis.
Os números do rádio e o avanço do digital das emissoras
Total de ouvintes únicos (alcance 30 dias) e tempo médio considerando as 13 regiões pesquisadas / Inside Audio 2025 - Kantar IBOPE Media
De acordo com o estudo, mais do que um meio de comunicação, o rádio é reconhecido pelos ouvintes como uma presença constante que informa, emociona e acompanha. Segundo o Inside Audio 2025, o consumo do rádio está fortemente ligado a aspectos afetivos e funcionais. Entre os entrevistados, 60% associam o meio à informação, 54% à emoção, 36% à diversão e 29% ao companheirismo. Esses índices reforçam o papel do rádio como uma “voz que marca gerações”, capaz de criar vínculos duradouros com o público ao longo da vida. Essa combinação de utilidade e afeto explica por que o rádio permanece relevante mesmo em um cenário de intensa transformação digital e fragmentação das audiências.
Nos dados de consumo de rádio nas 13 regiões metropolitanas brasileiras pesquisadas pela Kantar IBOPE Media, o rádio conta com os seguintes índices de alcance e tempo médio diário de escuta entre os ouvintes: Grande Belo Horizonte lidera com 87% de alcance e 3h47 de escuta diária; na sequência, estão Grande Porto Alegre (84% / 3h49), Grande Goiânia (84% / 3h27), Grande Florianópolis (82% / 3h36), Grande Fortaleza (81% / 3h37), Grande Curitiba (80% / 3h29), Grande Rio de Janeiro (80% / 4h15), Campinas (79% / 3h32), Grande Vitória (78% / 3h43), Grande São Paulo (77% / 3h43), Grande Salvador (74% / 3h38), Grande Recife (73% / 3h50) e Distrito Federal (73% / 3h09). Esses resultados demonstram a robustez regional do meio, o que fortalece também sua presença em nível nacional.
Distribuição do total de ouvintes únicos (alcance 30 dias) e tempo médio entre as 13 regiões pesquisadas / Inside Áudio 2025 - Kantar IBOPE Media
O Inside Audio ainda destaca o receptor tradicional (dial AM/FM) como a principal forma de se consumir rádio no Brasil, representando 70% da audiência. O rádio também marca presença nas plataformas digitais, sendo consumido por meio de canais como YouTube (33%), serviços de streaming de áudio (16%), aplicativos das próprias emissoras (13%) e redes sociais (12%).
A pesquisa também aponta que 60% dos ouvintes de rádio consomem música via streaming e metade deles afirma ter ouvido ou baixado podcasts nos últimos três meses. Quando questionados sobre os diferenciais do áudio online, os entrevistados destacam como benefícios principais o acesso sob demanda (54%), variedade de conteúdo (52%), facilidade de acesso em diferentes dispositivos (37%), personalização (37%) e controle da reprodução (34%).
“O áudio é presença, performance e emoção. Ele acompanha os consumidores em diferentes momentos do dia, criando experiências imersivas e próximas. Para as marcas, representa uma oportunidade única de gerar impacto real, engajamento autêntico e resultados consistentes em um cenário de atenção cada vez mais fragmentado”, afirma Adriana Favaro, vice-presidente de Negócios da Kantar IBOPE Media.
Vale ressaltar que a pesquisa de rádio passou por mudanças em sua metodologia no início de 2025. Isso pode gerar dúvidas sobre a comparação direta com dados anteriores, especialmente no que diz respeito à possível manutenção dos índices. Com as alterações, não é possível afirmar com precisão se houve aumento ou diminuição no consumo, já que os ajustes metodológicos podem influenciar a percepção de estabilidade ou variação nos resultados. Os dados de rádio do Inside Audio 2025 são referentes ao trimestre abril a junho de 2025.
Publicidade no rádio e em áudio
A publicidade em áudio também foi abordada no levantamento e mostrou resultados significativos. Entre os ouvintes de rádio, 56% afirmam gostar do formato das propagandas veiculadas, e o mesmo percentual declara prestar atenção aos anúncios. Já 43% relataram ter comprado ou pesquisado por produtos e serviços após ouvirem publicidade em áudio. Os fatores que mais contribuem para a eficácia das campanhas são o uso do humor e leveza (47%), criatividade na narrativa (28%), relevância pessoal dos anúncios (25%), sensação de proximidade com o locutor (19%) e atualizações sobre promoções e novidades (28%). De acordo com o estudo, esses dados reforçam o papel estratégico do rádio e do áudio digital como ferramentas de engajamento e conversão de consumidores.
Levantamento anterior:
> Inside Audio 2024: Rádio é ouvido por 79% da população no Brasil em 13 mercados monitorados pela Kantar IBOPE Media
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Com informações da Kantar IBOPE Media