Inteligência Artificial: agentes digitais ganham protagonismo em mídia e entretenimento durante o IBC2025

Um dos destaques do IBC2025, realizado em Amsterdã, foi a palestra “Agentic AI 101: Building AI Agents”, conduzida por Rick Champagne, Diretor de Estratégia e Marketing para a Indústria de Mídia & Entretenimento da NVIDIA. No palco da AWS & Nvidia Innovation Stage, Champagne apresentou os fundamentos da chamada Agentic AI e ressaltou como os agentes de inteligência artificial estão transformando fluxos de trabalho no setor de mídia e entretenimento. O tudoradio.com cobre o IBC2025 direto da Holanda, com os apoios de AMIRT, ASSERPE, BeAudio, BrasilStream e RadioData.

Nos últimos anos, o mercado acompanhou o crescimento da IA generativa, com ferramentas como o ChatGPT. Agora, segundo Champagne, o movimento avança para um novo patamar: sistemas capazes de raciocinar, planejar, executar tarefas de forma autônoma e colaborar entre si.

Novas experiências de engajamento

Um dos exemplos apresentados foi o uso da IA em transmissões esportivas. O público poderia, por exemplo, perguntar em tempo real quais tênis um jogador está usando e, de imediato, adicionar o produto ao carrinho de compras sem sair da tela. A proposta amplia o engajamento e conecta marcas, esporte e audiência.

Outro ponto destacado foi a evolução das tecnologias de ad tech. Plataformas de streaming financiadas por publicidade (AVOD) dependem cada vez mais de anúncios inteligentes, relevantes ao perfil e ao contexto do usuário.

IA como parceira de criação

Champagne reforçou que a IA deve ser vista além do papel de “geradora de respostas”. Ferramentas como o ChatGPT podem atuar como colaboradores de equipe, capazes de receber rascunhos, levantar perguntas adicionais e propor diferentes versões de um mesmo material, estimulando também o pensamento crítico do usuário.

Essa visão se amplia no universo dos agentes de IA, que funcionam como equipes digitais. Entre suas capacidades estão: conexão a bancos de dados, uso de APIs, coordenação de fluxos complexos (multi-agent workflows) e retenção de memória para personalizar interações.

Planejamento e execução em múltiplas etapas

De acordo com o executivo da NVIDIA, agentes de IA conseguem elaborar planos complexos, acionando diferentes ferramentas até a entrega final. O exemplo citado foi o desenvolvimento de um plano completo de negócios para um food truck em Paris, que poderia envolver pesquisa de mercado, criação de cardápio, identidade visual, projeções financeiras e estratégia de marketing — tudo iniciado a partir de um único comando.

Outro avanço é a aplicação de modelos multimodais, capazes de interpretar imagens, áudios e vídeos. Isso possibilita buscas semânticas em acervos, geração automática de destaques e identificação de logomarcas em transmissões esportivas.

“Novos colegas” no ambiente de trabalho

A metáfora usada por Champagne compara os agentes de IA a novos funcionários digitais. Inicialmente, eles assumem tarefas simples, mas, com o tempo, podem executar funções mais complexas, permitindo que profissionais humanos se dediquem a inovação e projetos inéditos.

A conclusão reforça que esses sistemas deixam de ser meras ferramentas de execução para se tornarem colaboradores ativos nos processos de criação, planejamento e produção. O desafio, segundo o especialista, é incorporar os agentes de forma estratégica e ética, já que a tendência aponta para sua presença definitiva nas equipes de trabalho.

Registro do painel Agentic AI 101: Building AI Agents / crédito: tudoradio.com

Cobertura tudoradio.com do IBC2025

O IBC2025 (International Broadcasting Convention), também conhecido como IBC Show, ocorre entre os dias 12 e 15 de setembro, no centro de exposições RAI Amsterdam, na Holanda. Todo o conteúdo produzido pelo tudoradio.com no pré, durante e pós-evento está disponível em destaque na capa do portal, nas redes sociais e também na página especial tudoradio.com/ibc2025, com os apoios de nomes como AMIRT, ASSERPE, BeAudio, BrasilStream e RadioData. 

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