




Segunda-Feira, 27 de Outubro de 2025 @ 16:34
Porto Alegre - Relatório Social AGERT 2025 destaca papel do rádio e da TV na reconstrução do Rio Grande do Sul e reforça governança e resiliência como pilares do setor
A radiodifusão gaúcha consolidou em 2024 sua relevância social e comunitária diante da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. De acordo com o Relatório Social AGERT 2025 – Ano-base 2024, divulgado pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), o setor doou o equivalente a R$ 140.988.981,59 em mídia, mobilizando campanhas de utilidade pública, arrecadação e informação durante e após as enchentes que devastaram o Estado.
Voz da resiliência e da relevância
O documento, que reúne a participação de 257 emissoras, tem como tema “Quando a governança encontra a resiliência, a radiodifusão se fortalece”. Em sua mensagem de abertura, o presidente da AGERT, Alessandro Heck, ressalta que o rádio e a TV foram essenciais para manter a população informada e unida em meio ao colapso de infraestruturas e à falha de outros meios de comunicação. “A voz que ecoa pelos nossos transmissores é a voz da resiliência, amplificada pela nossa relevância”, afirma Heck no relatório, ao destacar o papel das emissoras como ferramenta de serviço público, elo vital com a comunidade e fonte de informação confiável em momentos críticos.
Comunicação que salva vidas
Entre os casos relatados, o documento menciona a cidade de Rio Pardo, uma das primeiras atingidas em maio de 2024, onde o rádio se tornou “o socorrista da comunicação”. Em meio ao isolamento e à falta de energia elétrica, emissoras locais orientaram a população, divulgaram pontos de apoio e coordenaram doações. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) chegou a promover uma campanha de arrecadação de rádios a pilha para comunidades isoladas, reforçando a importância do meio como canal de sobrevivência e de conexão social.
Governança e sustentabilidade como pilares
Além do papel emergencial, o Relatório Social AGERT 2025 enfatiza a necessidade de consolidar uma governança corporativa ética e transparente no setor, reforçando os compromissos ESG (ambientais, sociais e de governança). A entidade incentiva emissoras a adotarem políticas de diversidade, inclusão, transparência e gestão responsável, fortalecendo a credibilidade do rádio e da televisão junto ao público.
O relatório também destaca a sustentabilidade como um compromisso coletivo, alertando para a urgência de ações que reduzam os impactos climáticos e reforcem a resiliência das comunidades. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, defende que a sustentabilidade “precisa estar no centro da estratégia e não apenas em projetos isolados”.

Pacto pela resiliência
Encerrando o documento, a AGERT propõe um compromisso público das emissoras associadas pela reconstrução ética, resiliente e sustentável do Estado. “Nós, emissoras de rádio e TV, reafirmamos nosso compromisso com a reconstrução ética, resiliente e sustentável do Rio Grande do Sul. Assumimos a responsabilidade de comunicar com empatia, agir com integridade e servir com propósito”, afirma o texto.
Com esse balanço, o Relatório Social AGERT 2025 reafirma que a radiodifusão gaúcha segue como pilar essencial da governança e da reconstrução social, demonstrando que informar também é reconstruir.


