




Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2025 @ 16:37
Rio de Janeiro - Evento realizado no Hotel Fairmont, no Rio de Janeiro, reuniu representantes do setor e apresentou dados inéditos sobre o papel das TVs, rádios, jornais e revistas no desenvolvimento do estado
A Midiacom-RJ promoveu, nesta terça-feira (9), um encontro no Hotel Fairmont, no Rio de Janeiro, para debater a relevância e o impacto econômico da mídia fluminense. Realizado em parceria com a Quaest, o evento reuniu radiodifusores, empresários e representantes do poder público, além de apresentar dados inéditos sobre o papel das TVs, rádios, jornais e revistas no desenvolvimento do estado.
Durante o encontro, o presidente-executivo da ABERT, Cristiano Lobato Flôres, destacou a importância da educação midiática para os hábitos de consumo de conteúdo e defendeu a regulamentação das plataformas digitais como forma de corrigir assimetrias em relação aos veículos de comunicação. Flôres também ressaltou a necessidade de produção de dados que evidenciem os reflexos da indústria da mídia e seus impactos na radiodifusão.
O presidente da Midiacom-RJ, José Antonio do Nascimento Brito, foi o responsável pela abertura do evento, que contou com a presença de lideranças do setor. O CEO da Quaest, Felipe Nunes, apresentou uma pesquisa que mede o impacto econômico das mídias fluminenses. Segundo Nunes, a mídia exerce papel estratégico como catalisadora do desenvolvimento estadual.
Também participaram do encontro a secretária da Casa Civil do Rio de Janeiro, Nicola Miccione; o conselheiro da Anatel, Octavio Pieranti; o presidente da Abratel, Márcio Novaes; o presidente da ANER, Rafael Soriano; e o secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações (MCom), Wilson Wellisch.

Evento reuniu autoridades e radiodifusores - Foto: LinkedIn
Estudo reforça força da mídia tradicional e seu impacto na economia fluminense
O levantamento apresentado pela Midiacom-RJ em parceria com a Quaest reforçou a presença contínua dos veículos tradicionais de comunicação no cotidiano dos fluminenses. Apesar da ampliação de novas plataformas de consumo, como serviços de streaming e conteúdos digitais, a pesquisa indica que a TV aberta e o rádio seguem entre os meios mais influentes do estado.
Segundo os dados, 66% dos entrevistados afirmaram assistir com frequência à TV aberta, percentual superior ao uso do YouTube (63%) e de plataformas de streaming (61%). Já o rádio mantém sua relevância histórica, sendo ouvido por 49% da população — praticamente metade dos moradores do Rio de Janeiro.
A credibilidade aparece como o principal fator que sustenta o consumo desses meios. De acordo com o estudo, a confiança do público na mídia tradicional continua elevada, especialmente em conteúdos jornalísticos e esportivos, considerados os de maior interesse no estado.
Além da audiência, o levantamento destaca o impacto econômico e cultural do setor. Para 81% dos fluminenses, a contribuição mais significativa da mídia está ligada ao fortalecimento da economia. Eventos como o Carnaval na Sapucaí e o Campeonato Carioca são citados como exemplos de iniciativas que ampliam a visibilidade do Rio, atraindo turistas e investimentos.
Representantes de grupos de mídia presentes no evento celebraram os resultados e reforçaram a união do setor. Foi destacado que a televisão segue como um ambiente seguro de entretenimento familiar, enquanto o rádio — frequentemente dado como ultrapassado — demonstra vigor e capacidade de reinvenção.
O estudo aponta também que a indústria de radiodifusão permanece como um dos pilares da economia criativa do Rio de Janeiro, contribuindo para a geração de empregos, movimentação cultural e consolidação do estado como um relevante polo de comunicação no país.


