Paulistas celebram hoje a Revolução de 1932

Hoje, 9 de julho, é feriado estadual em São Paulo. A data relembra a Revolução Constitucionalista de 1932. Com a pausa em plena sábado, vários serviços na capital paulista e interior do estado não foram afetados, inclusive a rotina de trabalho com outras partes do país. Muitas empresas de outras regiões sentem o feriado em São Paulo. O mesmo acontece com o rádio.

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As redes nacionais com sede em São Paulo ignoram o feriado de 9 de julho, mantendo no ar a programação normal acompanhada por todo Brasil em dias comerciais. Já as mesmas rádios na capital e interior de São Paulo acabam executando intervalos comerciais menores devido o feriado, além de alguns reajustes na grade de programação, com folga de alguns profissionais.

A data é comemorada em todo o estado de São Paulo e algumas emissoras deverão veicular reportagens especiais sobre a Revolução de 32. Emissoras mais tradicionais como Jovem Pan AM 620, Bandeirantes AM 840, Record AM 1000, entre outras, relembram o motivo do feriado através de matérias especiais.

A Record foi uma emissora que presenciou uma passagem importante da Revolução de 32. A emissora, que entrou no ar de forma definitiva em 11 de junho de 1931, transmitiu os choques que ocorreram entre os manifestantes e os membros da Legião Revolucionária (transformada no Partido Popular Progressista, sob a licença de Miguel Costa).

No confronto, que ocorreu em frente ao prédio onde se ficava a sede da emissora, na Praça da República, número 17, morreram, tragicamente metralhados, os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais dos seus nomes inspiraram a criação da sigla "MMDC", que passou a ser o estandarte daquele movimento. O fuzilamento dos estudantes foi presenciado e narrado por César Ladeira, da sacada da emissora.

Revolução Constitucionalista de 1932

O movimento cobrava a criação de uma Constituição e defendia o fim da intervenção do presidente na época, Getúlio Vargas, no governo paulista. Esse movimento arrebatou a população após quatro manifestantes terem sido mortos em protesto na sede do partido do ex-presidente no Centro da capital. As vítimas eram Martins, Miragaia, Drausio e Camargo, nomes que deram origem à sigla M.M.D.C, que batizou o movimento. Houve confrontos entre o governo brasileiro e o exercito paulista (que convocou de forma voluntária a população do estado).