Segunda-Feira, 12 de Dezembro de 2011 @ 17:05
Brasília – Furtos de cabos e transmissores estão na pauta da reunião de hoje
O furto de equipamentos que mantém o funcionamento das emissoras está entre os pontos críticos da radiodifusão no país. O assunto vai ser debatido nesta segunda-feira, na 6ª reunião do Grupo de Infra-estrutura Crítica da Radiodifusão, em São Paulo. Somente em Londrina, as rádios Massa FM 90.7, Folha FM 102.1 e a Igapó FM 104.5 ficaram fora do ar devido a furtos em cabos que alimentam os transmissores das rádios. No caso da Massa FM, o prejuízo estimado para reposição dos cabos foi de cerca de R$ 5 mil, além das perdas com anunciantes.
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O debate será coordenado pelo diretor de Tecnologia da Abert , Ronald Siqueira Barbosa. Engenheiros de rádio e TV vão propor critérios que nortearão o governo futuramente a proteger localidades mais vulneráveis a fatores externos como catástrofes, roubos ou interferências no sinal. “Já sabemos que o Ministério das Comunicações não abre mão de proteger emissoras em faixas de fronteira e aquelas também que compartilham infraestrutura com outros serviços estratégicos do país”, explicou Barbosa.
Agora à tarde, o especialista em Sistema de Aviso de Emergência para o ISDBT, Sakaguchi-san vai explicar como uma emissora pode ajudar a população a se salvar de catástrofes naturais. A ideia é que Sakaguchi também ajude os engenheiros a responderem como uma emissora pode prestar o serviço mesmo quando for afetada.
Pensando em qual estratégia o Brasil deve adotar para que sua infraestrutura crítica não entre em colapso diante de catástrofes naturais, falhas e erros operacionais, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) instituiu em 2007 o Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas (PNSIEC), coordenado pelo Núcleo de Segurança de Infraestruturas Críticas (NSGI).
Para o governo federal são consideradas infraestruturas críticas “as instalações, serviços, bens e sistemas que, se forem interrompidos ou destruídos, provocarão sério impacto social, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade”. A radiodifusão está incluída no plano do governo federal.
Em 2010, a Abert elencou inicialmente, 12 riscos à infraestrutura do setor: falta de energia elétrica, raios, ação dos ventos, incêndios, acessibilidade, site reserva, pirataria (interferências), vandalismo, furtos e distúrbios de ordem pública.
O Ministério das Comunicações ficou encarregado de levantar os riscos, as vulnerabilidades e as infraestruturas críticas, estabelecendo critérios de prioridades. “Para definir o que é uma infraestrutura crítica é necessário primeiro identificar os riscos de cada infraestrutura da radiodifusão e determinar sua vulnerabilidade”, explica Barbosa.
Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.