Jornalista da CBN está internada em hospital francês

A jornalista Lucia Hippolito da CBN FM 92.5 e AM 860 do Rio de Janeiro, está internada desde domingo em um hospital francês. Segundo as informações divulgadas pela CBN, a jornalista teria passado mal durante suas férias no país Europa e, durante exames, foi constatada uma síndrome que atinge o sistema nervoso devido a uma infecção viral ou bacteriana.

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De acordo com as informações médicas, Lúcia Hippolito está com um quadro que apontou a presença de uma síndrome, chamada Guillain-Barré (SGB) - uma doença autoimune e está internada desde o último domingo, dia 15 de abril. De acordo com as informações da emissora, a jornalista está esperando por orientações médicas para saber se permanecerá em tratamento na capital francesa ou se será transferida para o Rio de Janeiro, onde vive. Ela estava de férias em Paris quando passou mal e foi levada ao hospital.

A Síndrome de Guillain-Barré acontece depois de uma infecção por vírus ou bactéria. Por alguma razão que ainda não é totalmente conhecida, o organismo produz anticorpos, que, em vez de exercerem sua função de defesa, provocam danos na bainha de mielina - que facilita a transmissão de estímulos nervosos. Relativamente rara, atinge, anualmente, entre 0,4 a 4 pessoas a cada 100 mil habitantes.   

Os primeiros sinais da enfermidade incluem fraqueza muscular, sensação de dormência e formigamento nos pés e na perna. Com a piora do quadro, os problemas chegam à região superior do corpo e podem provocar perdas motoras, paralisia e alguns transtornos ainda mais severos. "Os pacientes precisam ser imediatamente encaminhados imediatamente para uma Unidade de Tratamento Intensivo pois se trata de uma doença potencialmente letal", alerta Luciana Pamplona, neurologista do Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro.

"Existe a possibilidade de as regiões do sistema nervoso que controlam o ritmo cardíaco e a função respiratória serem afetadas. Outro fato que pode prejudicar bastante a respiração é o enfraquecimento  muscular", explica.

O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica e são necessários testes sanguíneos para afastar a possibilidade de outras doenças que causam sintomas parecidos, como o botulismo. Em seguida, o doente é submetido aos exames de eletroneuromiografia e de análise do líquido cefalorraquiano, capazes de detectar com precisão a doença.

São dois os recursos para o tratamento da Síndrome de Guillain-Barré: a pulsoterapia com imunoglobulina intravenosa, substância que atua na regulação do sistema imunológico - e a plasmaférese, procedimento semelhante à hemodiálise, que retira os anticorpos que atacam o organismo do sangue. Durante o processo, o paciente deverá ser acompanhado por um fisioterapeuta, que indicará exercícios com o objetivo de minimizar as perdas motoras.

"A maioria se recupera em um período de cerca de 3 meses, mas o prognóstico é bastante amplo. Há pessoas que ficam com sequelas, normalmente paralisia dos membros superiores e inferiores, e outras em que a doença se torna crônica. Fora os casos que evoluem ao óbito", aponta a médica. Sobre o risco de a doença ser desencadeada por vacinas, medo de muitos durante a última pandemia de gripe, em 2009, Luciana é direta: "A  probabilidade existe, mas é ínfima. O perigo de não se vacinar é muito maior", encerra.

Com informações do Jornal do Brasil