Um dos grandes prós do rádio atual transmitido em FM e AM é a facilidade de acesso ao conteúdo sonoro irradiado pelas estações, além do custo zero para o ouvinte. Existe uma expectativa de que o rádio possa migrar aos poucos para a internet através da popularização da chamada “internet móvel”, conexão feita através do sinal de redes de celular. A tecnologia 4G (ainda discutida no país) seria uma das soluções para agilizar essa possível migração, porém as primeiras notícias sobre a implantação desse sistema podem indicar a manutenção no formato tradicional de transmissão utilizado pelo rádio, mantendo a internet como um complemento de suas operações. Acompanhe:
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Segundo reportagem do portal Olhar Digital, a expectativa é de que o acesso à tecnologia 4G custe o dobro dos preços praticados pelas operadoras no 3G aos seus clientes. A matéria indica que o alto custo que as operadoras de telefonia celular teriam para implantar esse sistema seria repassado ao consumidor final para evitar prejuízos à essas empresas. Com esse quadro é possível que a massificação desse sistema de internet móvel seja tardia, não ocorrendo nos próximos anos. O 4G é dado como solução para a congestionada e lenta rede 3G.
Hoje o usuário que deseja acessar a internet através do celular utiliza em sua maioria os planos “pré-pagos” de 3G, onde a operadora diminui a velocidade de navegação do usuário a partir de uma taxa limite de dados que é contabilizada mensalmente, geralmente atingida pelo consumidor em poucos dias. Se o usuário acessar um vídeo ou ouvir uma rádio em formato “streaming” na rede 3G essa taxa é facilmente alcançada, sendo que em alguns casos isso ocorra em questão de poucas horas. Em planos 3G onde a taxa limite é mais elevada o preço fica elevado, girando em torno de R$70,00 mensais nas principais operadoras. Soma a isso a falha cobertura e constantes quedas de sinal.
O 4G seria uma saída para essas falhas na cobertura e limitações na velocidade de navegação, fato que contribuiria com a massificação do acesso móvel aos “streamings” das emissoras. Esse formato de transmissão já contribuí de forma significativa para grande parte das rádios brasileiras que passam a disponibilizar seus conteúdos sonoros para ouvintes que estão na frente de um computador ou até mesmo no celular. Porém o acesso barato e simplificado segue sendo o rádio FM ou AM, com destaque para o FM que foi popularizado pelos fabricantes de celular (ao disponibilizarem a recepção FM na maioria dos aparelhos produzidos).
O leilão das frequências 4G às operadoras tem prazo para ocorrem em junho desse ano. Sobre o alto custo da tecnologia Erasmo Rojas, presidente da 4G Américas, explica ao jornal O Globo que o “culpado” é a implantação por parte das operadoras: “Será preciso modernizar 60% das linhas de transmissão do país. O 3G pode usar o cabo da 2G, mas o 4G não, pois demanda mais capacidade”, explica Rojas. A expectativa é que parte dessa estrutura já esteja implantada até o ano que vem, quando será realizada a Copa das Confederações no país.
Com informações do jornal O Globo e do site Olhar Digital
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