Quarta-Feira, 04 de Julho de 2012 @ 15:38
Aracaju – Rádio Liberdade foi a vencedora da quarta edição do prêmio
O Sebrae promoveu na noite desta terça-feira a cerimônia de premiação da 4ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo. Cinco rádios disputaram o prêmio e a vencedora foi a Liberdade AM 930 de Aracaju – emissora afiliada à Rede Bandeirantes -, com uma reportagem sobre as catadoras de Mangaba de Sergipe. A mangaba é, por decreto, símbolo do estado.
Além da Liberdade AM, também disputaram a final a Rádio Câmara FM 96.9 de Brasília, com a matéria “Empreender e conviver - negócios e mercado de trabalho para pessoas com deficiência”, a Palmas FM 96.1 de Palmas, com “Pneu Velho - Fonte de Negócio e Sustentabilidade”, a Rádio Globo AM 870 de Linhares, no Espírito Santo, com a reportagem “Pescando esperança” e a CBN FM 95.5 de Maringá, que concorreu com a matéria Sustentabilidade por mil fios.
A matéria da rádio vencedora do prêmio relata a história das catadoras do fruto que descobriram no associativismo um meio para ampliar a renda e lutar pela preservação da cultura. Esses ingredientes, temperados com o canto característico das mulheres que vendem a fruta em Sergipe, deram sabor especial à reportagem sobre a história das catadoras, contada por Juliana Almeida.
Na reportagem, o depoimento da presidente da Ascamai, Alicia Santana, exemplifica a importância da iniciativa. “Antes, o quilo da polpa da mangaba era vendido no máximo por R$ 5,00. Hoje, com um quilo do fruto, são produzidos 200 bombons que rendem R$ 200,00”. Para Juliana, as catadoras também fizeram do movimento um front de luta pela preservação das mangabeiras que estão sendo reduzidas na região por causa da “expansão imobiliária, da monocultura e do veneno derramado pelos tanques de criação de camarões”. Elas lutam pela criação de uma reserva extrativista que possibilite a preservação da mangabeira e da tradicional cata do fruto.
A reportagem aborda também a história de Josefina dos Santos, que conta a emoção de entrar num estúdio de gravação, do nervosismo que experimentou na primeira vez que sentou numa sala de cinema, quando foi assistir ao vídeo-documentário, e do orgulho que sentiu ao ver o trabalho aplaudido. “Eu não tenho vergonha de ser o que sou, catadora de mangaba, porque minha mãe criou a gente catando mangaba e, hoje, a maioria das coisas que eu dou para minhas filhas vem do dinheiro da mangaba”, resume.
Colaboração Gisele Sotto, do Portal Imprensa
Carlos Massaro atua como radialista e jornalista. Já coordenou artisticamente uma afiliada da Band FM (Promissão/SP) e trabalhou como locutor na afiliada da Band FM em Ourinhos/SP e na Interativa de Avaré/SP e como jornalista na Hot 107 FM 107.7 de Lençóis Paulista/SP e na Jovem Pan FM 88.9 e Divisa FM 93.3 de Ourinhos. Também é advogado na OAB/SP e membro da Comissão de Direito de Mídia da OAB de Campinas/SP, da Comissão de Direito da Comunicação e dos Meio da OAB da Lapa/SP e membro efetivo regional da Comissão Estadual de Defesa do Consumidor da OAB/SP. Atua pelo tudoradio.com desde 2009, responsável pela atualização diária da redação do portal.